Usuários do metrô em Belo Horizonte enfrentam transtornos na manhã desta quarta-feira (5) devido a paralisação total dos metroviários. Na estação Vilarinho, região de Venda Nova, passageiros reclamavam do “jeitinho” que precisarão dar enquanto durar a greve geral.
O passageiro Richadison Gomes, 51 anos, foi surpreendido com a greve do metrô e acabou se atrasando para o exame admissional de seu novo emprego como pedreiro. Ele afirma que agora vai ter que tentar pegar o carro, gastar com combustível e ainda arcar com estacionamento.
“Estou indo fazer exame admissional marcado para as 8h05 lá na Afonso Pena. Achei que o metrô seria mais rápido para evitar o trânsito de carro. Mas agora arranjar outro recurso ou descer de carro e gastar mais. Seja o que Deus quiser, vamos ver se eu chego no horário ainda”, lamenta.
O Hoje em dia também conversou com Sidicley Delfino, 45, que também iria se atrasar para o dia de serviço. Sem saber o que fazer, ele ficou por cerca de 20 minutos tentando uma alternativa para chegar na empresa onde trabalha no bairro Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH.
“Não fazia ideia. Agora vou ter que pegar três conduções para ir para o Cidade Industrial em Contagem. Para mim o melhor transporte é o metrô. Agora além de atrasar, vou gastar mais. Essa greve é lamentável”, reclama.
Greve
A paralisação desta semana faz parte da greve iniciada no último dia 25 de agosto, após o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar as condições para a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte.
Segundo o Sindimetro, a privatização terá como consequências demissão dos concursados e aumento da passagem. Eles alegam que será uma paralisação total, sem escala mínima.
Os metroviários alegam ainda que após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas Gerais.