Trabalhadores do metrô de Belo Horizonte decidiram manter a greve, pelo menos, até a próxima quarta-feira (8). A votação que decidiu, de forma unânime, pela continuidade da paralisação se deu no fim da tarde desta sexta-feira (3), em assembleia da categoria.

A greve dos metroviários da capital mineira começou em 15 de fevereiro. Eles exigem a manutenção dos empregos de cerca de 1,6 servidores após o leilão de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG), ocorrida em dezembro do ano passado.

Trabalhadores e representantes do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) devem voltar a Brasília (DF) na próxima quarta-feira (8), quando haverá uma audiência com representantes do Ministério das Cidades, do Ministério Público do Trabalho, da direção da CBTU, para definir a transferência dos afetados pela desestatização da companhia.

Nesta semana, os metroviários estiveram em Brasília para pressionar o Governo Federal e adiar a assinatura do contrato com a vencedora do leilão, a Comporte Participações S/A, de São Paulo (SP), alegando irregularidades no processo licitatório do metrô de BH.

A categoria cobra a suspensão de uma resolução que impede a transferência de funcionários para outras estatais. A revogação da medida foi defendida pelo Sindmetro nesta sexta-feira (3), durante coletiva de imprensa. A demanda foi levada pelos membros do sindicato ao Ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Os funcionários optaram pela continuidade da greve mesmo diante de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) que exige escala mínima diária de 70% das viagens. A multa pelo descumprimento chega a R$ 200 mil por dia. O sindicato deve arcar com a despesa.

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