Os profissionais que fazem o transporte de valores em Belo Horizonte decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada nesta terça-feira (4), após assembleia realizada pela categoria. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Valores do Estado de Minas Gerais (Sintrav-MG).informou que, caso as empresas não atendam às reivindicações dos trabalhadores, a greve pode ser estendida para o restante do Estado. Todos os trabalhadores, cerca de quatro mil funcionários, aderiram ao movimento, segundo Emanoel Sadir, presidente do Sintrav-MG. Com o movimento da categoria, poderá faltar dinheiro nas agências bancárias e caixas eletrônicos, comprometendo o pagamento de trabalhadores e aposentados.   A categoria exige reajuste salarial de 27%, além de melhores condições de trabalho. As empresas, por sua vez, ofereceram aumento de 4,5% aos profissionais.   Nesta terça-feira, o Sintrav-MG protocolou no Ministério Público do Trabalho (MPT) denúncia de irregularidades nas condições de trabalho da categoria. "Cerca de 30% do nosso efetivo estão doente. A situação é tão crítica que temos funcionários com menos de 30 anos aposentados por invalidez", disse Sadir.   Conforme o presidente do sindicato, os trabalhadores chegam a ficar até 16 horas, inclusive nos fins de semana, dentro de um carro-forte, sem sair do veículo nem para fazer suas necessidades fisiológicas. "Alguns usam até garrafinhas pet para recolher o xixi", contou.   Durante a manhã, os trabalhadores fizeram uma manifestação na porta da empresa Proforte, na avenida Carlos Luz. De lá, profissionais seguiram até a Praça Sete. "Quem transporta valor não tem valor", sentenciou Sadir. Ele vai continuar tentando um acordo com as empresas para colocar um ponto final na greve.

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