(In)dependencia para quem?

Grito dos Excluídos marcha pelas ruas de BH reivindicando moradias e cobra ações do governo

Pedro Faria
@pedfariaportal@hojeemdia.com.br
07/09/2022 às 10:25.
Atualizado em 07/09/2022 às 11:47

(Pedro Faria/Hoje em Dia)

O protesto Grito dos Excluídos, longe de uma abordagem cívica ou meramente histórica, se reuniu na manhã desta quarta-feira (7) na Praça Vaz de Melo, no bairro Lagoinha, região Noroeste, e saiu em passeata pelas ruas do Centro de Belo Horizonte questionando o propósito do feriado com o tema “(In)dependencia para quem?”. 

O ato, organizado pela Arquidiocese, movimentos sociais e sindicais, é realizado há 28 anos e busca dar visibilidade às camadas mais vulneráveis da população.

Este ano, a manifestação cobra moradia para pessoas que moram em situações precárias na capital e, também, mais apoio do governo estadual e prefeitura. “Estamos tentando mudar nossa situação, os governos não nos ajudam e as pessoas precisam de moradia”, disse Sérgio Pereira, um dos organizadores do ato.

Entre os manifestantes estavam jovens, mulheres, idosos e crianças.  "Eu vim participar porque ser brasileiro e esquecer a história do Brasil é como se a gente apagasse a nossa mente. Eu vim aqui aumentar a voz daqueles que estão à margem, para dar voz aos excluídos da sociedade", disse Gladson Reis, participante do ato.

Em cima de um caminhão, gritos contra o atual Presidente da República Jair Bolsonaro eram puxados pelos líderes da manifestação. Em outros momentos, palavras de apoio ao candidato e ex-presidente Lula também eram ouvidos. 

O evento também contou com a presença do Deputado Federal e candidato a reeleição Patrus Ananias (PT). Para o Deputado, a manifestação é um marco para mostrar a importância das pessoas que moram nas perferias da capital. "Estamos aqui hoje reafirmando nosso compromisso com as pessoas e famílias de Belo Horizonte, como as famílias em regiões que fazem a história da cidade", disse.

A passeata saiu às 10h e teve como destino a Ocupação Pátria Livre, na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste da cidade. Segundo os organizadores, cerca de 3 mil pessoas participam do manifesto.

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