(MPMG/Divulgação)
Uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro e sonegação fiscal foi alvo da Operação Megafria na manhã desta terça-feira (25). Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Itaúna, Martinho Campos, Sete Lagoas e Nova Lima. Mais de R$ 50 milhões em bens de membros do bando foram apreendidos. De acordo com o Ministério Público, estima-se que o grupo tenha deixado um rombo de R$ 150 milhões nos cofres públicos mineiros.
Os alvos da ação são empresários, contadores e pessoas jurídicas envolvidas no esquema que é centrado em uma grande empresa atacadista de Betim, na Grande BH.
Segundo as investigações, que começaram em maio de 2022, os criminosos assumiram o controle da empresa em meados de 2020 e, a partir daí, ela teriam deixado de realizar todas as operações reais, passando a atuar de forma fictícia. O esquema funcionaria através da emissão de notas fiscais falsas a diversas outras empresas do ramo atacadista, para acobertar a aquisição de mercadorias de origem clandestina e, ao mesmo tempo, permitir a supressão do pagamento do imposto devido.
O esquema envolvia dezenas de empresas de fachada, que serviam para os criminosos lavarem o dinheiro. Elas simulavam operações comerciais e declaravam falsamente o recolhimento do ICMS devido nas etapas anteriores de comercialização das mercadorias.
Os integrantes da organização criminosa levavam uma vida de alto padrão e moravam em casas de luxo na Grande BH e Itaúna.
A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, quatro servidores do MPMG, três delegados de Polícia, 26 investigadores de Polícia, dois oficiais da PMMG, 35 policiais militares do Comando de Policiamento Especializado e 33 Servidores da Receita Estadual de Minas Gerais.
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