“Se você está saindo para patinar e quer companhia, planeje-se, avise no grupo e vamos patinar!”. O recado está dado na página do BH Roller no Facebook. O grupo, com cerca de mil membros, foi criado pelo físico e instrutor de patinação, Patrick Bonnereau, para compartilhar a paixão pelo esporte ou, para muitos, entretenimento.   O espaço virtual serve para os integrantes avisarem quando, como e onde irão patinar em Belo Horizonte. Quem quiser ir junto, é sempre bem-vindo. “Nos reunimos e combinamos os dias dos encontros. O crescimento proporcionado pelas redes sociais já está até refletindo no comércio, que passou a oferecer os equipamentos. Antes, era complicado encontrar”, destaca Patrick.    Na prática   Foi pelo Facebook que o faturista Thiago Emídio, de 34 anos, encontrou a motivação necessária para tirar os patins do guarda-roupa.    “Quando mais novos, eu e a minha irmã patinávamos. Depois que ela resolveu voltar, percebi que era algo que eu também queria. Entrei no grupo e recebi muito incentivo dos participantes. Esse foi o combustível do qual eu precisava para realizar esse sonho”, revela.    Hoje, Thiago patina cerca de três vezes na semana, sempre com integrantes do grupo criado na rede social. “É muito legal. Conheço pessoas e me distraio. O interessante é que ninguém nunca desanima. Sempre tem gente começando”, afirma.    Já a administradora Helena Valentini, de 33 anos, combina os encontros com os amigos por meio de um grupo no WhatsApp coordenado por ela. “Quando voltei a patinar e a postar fotos, muitos amigos me procuraram para ir junto e acabei criando o grupo. Patinar é um exercício completo já que trabalha a musculatura e o aeróbico”, conta.   Equipamento   Para Patrick Bonnereau, a primeira coisa a fazer ao pensar em patinar é escolher um bom equipamento de segurança, que inclua joelheiras, cotoveleiras, luvas e capacete. “Sem equipamento é como patins sem rodinhas. Uma lesão no joelho pode trazer sequelas para o resta da vida”, alerta.   Com a proteção garantida, é hora de escolher os patins adequados. Hoje, os modelos inline (em linha – formado por uma carreira de quatro rodinhas), são os mais utilizados. Eles devem ser confortáveis e ficarem ajustados aos pés.    De acordo com os membros do BH Roller, o lugar mais badalado para a prática é a Esplanada do Mineirão, onde cerca de 50 praticantes reúnem-se em dias normais e até 200 em eventos especiais. Também são bem movimentadas as praças do Papa e JK, Barragem Santa Lúcia e, aos domingos, a Cidade Administrativa e as avenidas Bandeirantes e Prudente de Morais.   Grupo treina velocidade visando competição   A modalidade speed, que alia a corrida acelerada sobre rodinhas à técnica de patinação, atraiu os dez integrantes de um grupo de patinadores que praticam semanalmente o esporte na orla da Lagoa da Pampulha. O objetivo deles é sempre bater os recordes de velocidade para participar de competições pelo país afora.    “Para ser veloz, é preciso um equipamento adequado. Por isso, utilizamos patins de fibra de carbono, que são mais leves e mais rápidos”, explica o criador do grupo e auxiliar contábil, Marco Aurélio Cayres Vieira, de 32 anos. Ele patina deste 1994 e reconhece a importância de um bom equipamento para a prática, o que pode custar até R$ 3 mil.    Objetivo   Neste ano, os participantes almejam as competições que ocorrem nas capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Pensando isso, o tecnólogo em manutenção de aeronaves Fernando Peixoto, de 37 anos, tem intensificado os treinos.   “O principal desafio na patinação de velocidade, para quem está iniciando, é a técnica. Embora não pareça, há detalhes sutis no modo de patinar, que fazem grande diferença em desempenho e também no conforto do atleta para suportar longas períodos”, explica Peixoto.    Ele encontrou no esporte um complemento para outra modalidade que pratica há anos. “Inicialmente a ideia era complementar meus treinos de ciclismo, já que a patinação trabalha membros inferiores intensamente”, destaca.

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