Fechada ao público há dois meses, a Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, região Central de Minas, será reaberta para visitação nesta quinta-feira (22). Segundo o Governo de Minas, durante a interdição, o espaço passou pela reparação das áreas oxidadas da passarela e corrimão, e das quinas vivas que ofereciam risco aos visitantes.

Além disso, foi feita a substituição de pontos onde havia um avançado processo de corrosão e troca total de 90 metros linear de perfil U de 2” e 84 metros de perfil de alumínio em toda a caverna. Também foi adicionada uma coluna de sustentação, próxima ao lago suspenso, para garantir maior estabilidade à passarela.

A grutinha, que fica ao lado do Rei do Mato, também passou por reforma. Lá, houve a sustituição de 40 m2 de tábua, 40 metros linear de barrote 8 x 8 cm; restabelecimento da iluminação, pintura do corrimão de acesso e do portão de entrada e confecção de um guarda corpo de madeira e um roda-pé que limita o acesso além do tablado.

A Gruta do Rei do Mato foi fechada por determinação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que constatou risco aos visitantes pela degradação das passarelas da caverna, que comprometeu a estrutura das mesmas.

Gruta Rei do Mato

A Gruta Rei do Mato se tornou Unidade de Conservação Estadual de Proteção Integral em 25 de agosto de 2009. A gerência e a administração da Unidade ficam sob a responsabilidade do IEF. A Gruta também está inserida na Rota Lund, projeto do Governo de Minas de criar um circuito turístico pela região cárstica do entorno da capital, formado também pelas grutas Lapinha, em Lagoa Santa, e Maquiné, em Cordisburgo.

Considerada uma das 50 maiores cavernas de Minas Gerais, pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, a Gruta impressiona pela dimensão, com 998 metros de extensão, sendo 220 visitáveis através de passarelas e escadarias, e pela profundidade de seus salões, com desnível de 30 metros.

Grutinha

Na Grutinha, além de pinturas rupestres, feitas com sangue e gordura vegetal, foram encontradas soterradas, ferramentas indígenas petrificadas, em perfeito estado. Existe, ainda, uma réplica, em resina, do Xenorhinotherium bahiensis - a macrauchenia ou macrauquênia - animal herbívoro que habitou Minas Gerais, Bahia e sul de São Paulo. Tanto as pinturas rupestres quanto a réplica do herbívoro datam de seis mil anos.

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