Guarda Municipal decide paralisar por dois dias e faz contraproposta à PBH

Hoje em Dia
21/01/2015 às 13:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:44

(Facebook)

Reunidos em assembleia, os guardas municipais de Belo Horizonte decidiram fazer uma nova paralisação de dois dias, começando nesta quarta-feira (21). A categoria vai encaminhar uma nova contraproposta à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH).

Neste documento, a Guarda Municipal exige que o prazo para armamento da corporação e ocupação de todos os cargos comissionados, inclusive o comando, por guardas municipais de carreira, seja de três meses e não seis, como proposto pela administração municipal.

Durante a assembleia, o Sindicato de Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), recebeu um comunicado da Secretaria Estadual de Defesa Social (SEDS) que o secretário Bernardo Santana estaria disponível a receber representantes da categoria em uma reunião que foi marcada para esta quinta-feira (22), às 14h30.

Após reunião nesta manhã, os guardas seguiram pela avenida Afonso Pena, sentido Mangabeiras, para a sede da PBH. O objetivo dessa caminhada é pressionar o governo a atender as reivindicações da GMBH.

Membros da categoria chegaram a fazer um minuto de silêncio pelo policial morto em serviço na madrugada desta quarta-feira.

Entenda o caso

A categoria manifesta por causa da agente Lilian Emiliano de Oliveira, de 29 anos, que foi atingida por uma bala de borracha durante confusão envolvendo a Polícia Militar. Após ficar internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII por quatro dias, a guarda recebeu alta hospitalar. A agente fraturou a mandíbula e perdeu três dentes.

Além disso, os guardas exigem que todos os cargos de comando da GMBH sejam ocupados por guardas de carreira. Atualmente, segundo o Sindibel, estes cargos são ocupados por coronéis reformados da Polícia Militar.

Segundo informações de testemunhas, o caso começou quando Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, 2º sargento reformado da PM, foi abordado por fazer transporte clandestino no entorno da rodoviária da capital.

Após ser abordado pela irregularidade, o militar teria reagido à prisão, por desacato e desobediência. Ele agrediu os guardas municipais, que revidaram e usaram uma arma de choque elétrico - chamada de taser, para conter o agressor, que teria chamado por telefone a PM.

Em seguida, o cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, disparou com uma escopeta, um projétil calibre 12 de borracha, que atingiu o rosto da guarda municipal. Um outro guarda também chegou a ser agredido e depois detido pelos militares, mas foi liberado posteriormente.

Na versão da PM, o tiro teria sido acidental. “Ela e o guarda Peixoto tentaram tomar o armamento do militar e acabou acontecendo o disparo. Depois disso, eles agrediram o cabo com chutes, socos e pontapés”, conta o diretor jurídico da Associação dos Praças Militares e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), soldado Berlinque Cantelmo.

Por causa da confusão, na noite de quinta-feira, dezenas de guardas municipais se reuniram e fizeram protesto na Praça 7, no Centro da capital. O caso está sendo investigado pela corregedoria das duas corporações. 

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