História mineira de volta aos trilhos de Ouro Preto

Patrícia Santos Dumont - Do Hoje em Dia
31/10/2012 às 07:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:44
 (Projeto Estação Cultura/Divulgação)

(Projeto Estação Cultura/Divulgação)

A estrutura severamente danificada pela ação do tempo e pela falta de conservação deu espaço a um conjunto arquitetônico reforçado, que devolveu o charme e a originalidade a uma das paradas mais importantes da história de Minas Gerais. É essa a nova realidade da Estação Ferroviária de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, na região central do Estado.

As obras de restauro foram concluídas na semana passada e serão entregues no próximo dia 10 aos moradores. De cara nova, a estação, inaugurada em 1887, recupera a história desenhada sobre os trilhos de Minas e se prepara para dar outro rumo às atividades desenvolvidas no local.

Tesouro nacional

“Por ali passa a história da siderurgia. As obras vão devolver às pessoas a possibilidade de exploração do lugar. É o resgate do passado”, pontua a arquiteta Maria Cristina Cairo Silva, presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural de Ouro Preto (Compatri).

A revitalização foi estabelecida a partir de um Termo de Compromisso Complementar assinado entre o Ministério Público de Minas Gerais e a Prefeitura de Ouro Preto, no fim de 2009.

Uso público

O espaço ganhou banheiros, cozinha e intervenções que garantem acessibilidade universal, além de cantina e salas multiuso. “A estrutura original foi totalmente preservada, por se tratar de um bem protegido pelo município”, diz Maria Cristina.

As instalações foram adaptadas para voltar a integrar o espaço público e ter serventia para a população.

Os trabalhos foram bancados por R$ 285 mil vindos da Prefeitura de Ouro Preto, por meio do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Funpatri), e R$ 500 mil referentes à contrapartida do Ministério Público Estadual.

Motivador

O idealizador do projeto Estação Cultura, Marco Antônio de Almeida Costa, associa a recuperação do espaço à renovação da história de Miguel Burnier.

Lançada em 2007, a iniciativa busca difundir a importância do resgate da história de Minas por meio das estações ferroviárias. “O projeto surgiu a partir de uma cena muito peculiar. Uma mãe, acompanhada do filho, arrancou a janela da estação e queimou o material no fogão a lenha. Essa revitalização é um motivador para Miguel Burnier e elemento essencial para a preservação patrimonial de Minas Gerais”.

Leia mais sobre a revitalização das estações nahttp://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/assinantes/index.php

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