Delegado Emílio Oliveira titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil Sul (Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu integrante de uma quadrilha especializada em crimes de furto e roubo a residências em Belo Horizonte. Um homem de 26 anos que protagonizou o roubo à residência de um delegado e que deixou um bilhete se desculpando porque “não sabia que era casa de polícia”.
A prisão ocorreu durante a "operação Epístola", deflagrada pela Polícia Civil na última terça-feira (25) visando à repressão desta organização criminosa. Na ação, foram cumpridos um mandado prisão preventiva, contra este homem e mais três mandados de busca e apreensão, sendo arrecadados um veículo e celulares.
De acordo com o titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil Sul, delegado Emílio Oliveira, o homem preso seria um dos líderes da organização criminosa especializada na prática de furtos e roubos contra residências de médio e alto padrão na capital.
“Ele é a pessoa responsável pelo monitoramento, pela organização da associação criminosa. Inclusive, chegou a ser preso em Esmeraldas, no último dia 15, pela prática de homicídio e ocultação de cadáver, mas foi solto dois dias depois em audiência de custódia”, revelou.
As investigações apontaram que o grupo é suspeito de cometer, pelo menos, 11 crimes de furto e roubo, nos últimos cinco meses, nas regiões de Venda Nova, Sul e Noroeste da capital.
“Até o momento, pelo menos cinco pessoas já foram identificadas por fazer parte do grupo. Nós acreditamos que há mais pessoas envolvidas, não somente nos furtos e roubos, mas também na receptação, já que grande parte dos bens subtraídos são joias, relógios e materiais de valores de difícil circulação no mercado”, contou Emílio.
Investigação
As apurações tiveram início após o furto na residência de policiais civis em dezembro do ano passado. “Dois dias após o crime, os suspeitos devolveram todo o material com uma carta com pedido de desculpa pela prática do crime”. O delegado ainda acrescenta que “com as investigações, verificamos que aquilo não foi um crime ocasional e que as pessoas que ingressaram na casa dos policiais civis são integrantes de uma organização criminosa especializada nessa prática”, disse.
Conforme apurado, os suspeitos teriam cometido o crime de roubo na residência de um idoso, fazendo-o de refém, no bairro Mangabeiras, no dia 18 de fevereiro deste ano. No dia dos fatos, três suspeitos participaram do crime. “Eles fizeram o idoso de refém, amordaçaram-no com fios de telefone, ameaçaram e o agrediram fisicamente, levando cerca de R$ 5 mil”.
O delegado ainda acrescentou que na ocasião o suspeito chegou a ser preso. “O idoso acionou uma pulseira de emergência médica e um familiar foi acionado para ir até a casa. Ao chegar no local, os criminosos fugiram. A Polícia Militar foi acionada e, após um trabalho de cerco-bloqueio, conseguiu fazer a captura de um dos suspeitos [o mesmo preso esta semana] no bairro Santa Lúcia”, detalhou o delegado. Ainda segundo Emílio, na oportunidade o suspeito foi autuado em flagrante por receptação, uma vez que dirigia um carro clonado.
As investigações prosseguem.