
Foi condenado pela segunda vez a uma pena de 41 anos e quatro meses de prisão, o homem acusado de cometer um duplo homicídio qualificado contra a ex-namorada e o filho dela, em frente a uma academia no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte, em 2019.
O réu já tinha sido condenado em março de 2022 a uma pena semelhante de 41 anos e 4 meses. Porém, a defesa entrou com recurso e pediu anulação do Júri, sob o argumento de que os jurados não haviam considerado o laudo de semi-imputabilidade do acusado.
De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayete, os jurados, na sessão de julgamento nesta quarta-feira (6), também rejeitaram a tese defensiva de semi-inimputabilidade do acusado, condenando-o pelo crime de feminicídio consumado, triplamente qualificado cometido contra a mulher de 44 anos e, também, pelo homicício duplamente qualificado cometido contra o filho dela de 22 anos.
O juiz Ricardo Sávio de Oliveira, primeiro presidente do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, negou o direito recorrer em liberdade e manteve a prisão preventiva do acusado.
Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 29 de julho, no bairro Ipiranga, quando mãe e filho voltavam da academia. Circuito de segurança da rua onde ocorreram os assassinatos registrou a ação. As imagens mostram o homem atirando na ex-companheira e no jovem - ele levou um tiro no ouvido e a mulher foi atingida três vezes no tórax e uma na cabeça.
Desde 2017, conforme a polícia, a mulher vinha denunciando o ex-marido. A Polícia Civil afirma ter pedido a prisão preventiva do homem em março. Porém, a juíza responsável pelo caso negou que a Justiça tenha sido comunicada que o ex-marido havia descumprido a medida protetiva, que havia concedido para ela em janeiro.