
Moradores do entorno da ocupação do Isidoro, na zona Norte de Belo Horizonte, denunciam ação de criminosos na região. De acordo com uma fonte ligada à segurança pública do Estado, o ponto mais crítico é no fim da rua Bélgica, no bairro Baronesa, em Santa Luzia, uma das entradas do acampamento, onde homens armados fariam a guarda do local. E-mail informando atividades ilícitas também chegou a órgão da PBH.
A Companhia de Urbanização de Minas Gerais (Cohab-MG) irá levar a denúncia ao comando-geral da Polícia Militar (PM). O chefe da Sala de Imprensa do órgão, major Gilmar Luciano dos Santos, informou que imagens aéreas já identificaram ações criminosas dentro da invasão.
Por elas terem sido feitas à noite, no entanto, não foi possível identificar o local exato do fato. “Se uma viatura adentrasse na área, que não conta com energia elétrica, poderia colocar em risco vida de pessoas inocentes. Também mapeamos barricadas no interior da ocupação. Mas é bom frisar que a PM prende em flagrante”, observou o major.
O policial disse ainda que houve prisões no Isidoro durante a Operação Evidência, realizada no fim do mês de março. Ao contrário do que moradores denunciam, Gilmar Luciano reiterou que não há impedimento de viaturas patrulharem a ocupação. “Podemos entrar a qualquer hora do dia, sem problemas”.
Já os movimentos sociais ligados às ocupações negam que haja ações criminosas no Isidoro. “Não temos notícias de pessoas armadas por lá nem mesmo barricadas”, afirmou Isabela Gonçalves, uma das representantes dos moradores do acampamento.
Levantamento
A ativista informou que a luta das entidades é por moradia digna para quem realmente precisa e que os cadastros que estão sendo feitos por professores e universitários da UNA e do UNI-BH poderão indicar quem são as pessoas que realmente estão em busca de moradias.
“O levantamento está sendo feito com famílias que efetivamente moram nas ocupações. Houve um atraso, por causa das tensões vivenciadas no ano passado, com o risco iminente de despejo, mas está em andamento”, destacou Isabela. De acordo com a Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), cerca de 2.500 famílias residem no Isidoro. Por sua vez, os movimentos sociais alegam ter 8 mil famílias.
Famílias têm que deixar nesta quarta área de preservação na Serra
Termina nesta quarta-feira (15) o prazo para que as 27 famílias que ocupam ilegalmente a área de preservação ambiental na avenida do Cardoso, no bairro Serra, região Centro-Sul de B H, deixem o local. Caso a determinação judicial não seja atendida, a partir desta quinta-feira (16) poderá ser cumprida a reintegração de posse do terreno – requerida pela prefeitura.
Até a noite desta terça-feira (14), ao menos 12 famílias já tinham deixado os barracos.Parte dos invasores está sendo levada para imóveis da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab-MG) nos bairros Jacqueline e Novo Aarão Reis (Norte da capital).
De acordo com o líder da ocupação, Romerito Richel, 13 casas foram disponibilizadas pelo Estado até que os moradores encontrem imóveis que serão custeados com a bolsa-moradia no valor de R$ 500. Outras dez famílias conseguiram alugar imóveis com o benefício do governo.