A Horta Comunitária Tudo Saudável, no bairro Jardim Vitória, Região Nordeste de BH, recebeu na tarde desta sexta-feira (10) melhorias em estrutura e equipamentos para auxiliar na produção de alimentos e conservação do local.
A iniciativa é parte de um projeto do Movimento Gentileza, em parceria com a prefeitura, para contemplar unidades produtivas na capital. A diretora do movimento e primeira-dama de BH, Ana Laender, ressalta que as hortas comunitárias são estratégias para ocupar terrenos ociosos com ações que promovem a preservação ambiental, a saúde, o desenvolvimento social e econômico.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) esteve presente na entrega das melhorias e falou sobre o cuidado da população com a cidade em regiões mais afastadas do Centro.
“Nós temos que percorrer esses rincões de Belo Horizonte para saber que tem gente cuidando, tem gente olhando, tem gente que quer ser ajudada. E é uma ajuda muito pequena porque eles é que fazem tudo e quando você entrega um terreno desse tamanho para uma comunidade tomar conta, não tenha dúvida que vai tomar conta melhor do que o poder público”, declarou o prefeito.
O local é gerido por agricultores locais, que fazem o plantio, a colheita e o consumo da produção da horta. O excedente é doado ou vendido pelos participantes do projeto.
José Ângelo da Silva, de 67 anos, é um dos idealizadores da horta comunitária. Ele conta que a ideia era conseguir tornar o terreno próximo ao local onde mora produtivo e protegido da devastação ambiental.
“Antes aqui era uma área destruída pelos incêndios. A gente sonhava em cuidar dessa área ambientalmente falando e procuramos a Regional Nordeste e levamos a ideia de fazer aqui um pomar ou uma horta comunitária e eles toparam”, afirma José Ângelo, que diz que o terreno também sofria com erosões antes das ações da comunidade.
José Ângelo, 67, na Horta Comunitária Tudo Saudável.
Para Maria Andreia Silva Santos, de 63 anos, o projeto é uma forma de se alimentar, ajudar os moradores da região e ainda conseguir renda no fim do mês.
“Eu estava com uma depressão profunda e me indicaram essa horta. Aí eu agarrei com as duas mãos e pra mim foi ótimo porque vai pra mesa de muitas colegas. Eu dôo, vendo, já consigo pegar o dinheiro do pão, então pra mim isso aqui é uma benção”, disse.
Maria Andreia, 63, na Horta Comunitária Tudo Saudável