Mais três corpos das vítimas da tragédia ocorrida na BR-116, envolvendo uma carreta, um carro e um ônibus, em Teófilo Otoni, em 21 de dezembro, foram retirados do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte por seus familiares.
De acordo com nota divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quarta-feira (1º), o número de corpos identificados chega a 35, dos quais 23 já foram liberados para sepultamento. A identificação das vítimas tem sido realizada por meio de exames de DNA, com base em amostras coletadas dos familiares.
A Polícia Civil reforça que o atendimento aos familiares das vítimas continua sendo realizado pelo setor de assistência social do IML, por meio do telefone (31) 3379-5059. Através desse canal, os familiares podem obter informações sobre o processo de identificação e liberação dos corpos.
Tragédia
O acidente ocorreu durante a madrugada do sábado (21), por volta das 3h30. Segundo o chefe do 15º departamento de Polícia de Teófilo Otoni, delegado Amauri Albuquerque, todas as vítimas estavam no ônibus que bateu de frente com uma carreta e acabou pegando fogo em seguida. A maioria das vítimas ficou presa às ferragens e tiveram os corpos carbonizados.
Um terceiro veículo, um carro de passeio, que vinha atrás do ônibus, também se envolveu no acidente, mas os ocupantes do automóvel tiveram ferimentos leves. O ônibus de transporte interestadual, pertencente à empresa Emtram, tinha saído de São Paulo (SP) com destino a Elísio Medrado (BA).
O motorista da carreta que se envolveu no acidente, Arilton Bastos Alves, prestou depoimento de mais de seis horas à Polícia Civil na segunda-feira (23). Ele foi liberado em seguida.
Causas do acidente
A hipótese de que o acidente foi causado pela explosão do pneu do ônibus é uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Minas. A outra é que a carreta estava com excesso de peso, em alta velocidade, e que, na altura do distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, um grande bloco de granito se soltou de um dos reboques, caindo na pista para, em seguida, ser atingida pelo ônibus.
“Oitivas ainda estão em andamento. Vamos ouvir as pessoas envolvidas no acidente, somando provas testemunhais e técnicas para chegarmos à conclusão”, acrescentou o delegado Amauri Albuquerque. Segundo ele, é ainda prematuro afirmar se houve ou não estouro do pneu do ônibus.