Índice em Minas classifica municípios por vantagens concedidas a idosos

Raquel Ramos - Hoje em Dia
08/09/2014 às 08:19.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:07

(Wesley Rodrigues)

Imagine uma espécie de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que, em vez de elencar os países pelo grau de qualidade de vida oferecido aos cidadãos, classificasse os municípios pelas vantagens que concedem a um idoso. Essa ideia inspirou um projeto inédito em Minas, batizado de Índice Mineiro de Condição de Vida da Pessoa Idosa.   À frente dos trabalhos está um grupo de professores da PUC Minas que, há um ano, foi contratado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para realizar a pesquisa. Os resultados do projeto devem ser apresentados no próximo mês, durante a Semana do Idoso.   Educação, renda e condições de moradia foram os três indicadores que serviram de base na construção do rol de melhores cidades para uma pessoa com mais de 60 anos viver. Os dados dos 853 municípios mineiros já foram coletados. Agora, os professores estipulam o “peso” de cada item para chegar a uma fórmula que, quando aplicada, permita avaliar a situação da população idosa de todo o Estado.   “Gostaríamos de ter incluído outros indicadores, como o da saúde. No entanto, esbarramos na falta de informações de algumas cidades, o que restringiu o estudo”, explica Karina Junqueira, professora do departamento de Ciências Sociais da universidade.    Ela não descarta a possibilidade de, no futuro, outras pesquisas serem realizadas acrescentando novos dados.   Ações de governo   A intenção de criar um Índice Mineiro de Condição de Vida da Pessoa Idosa não é punir os municípios mal posicionados, ressalta Sabino Fleury, diretor de processo legislativo da Assembleia de Minas. Ao contrário, o trabalho deverá servir para fundamentar planos de governo e projetos de lei que transformem essas cidades em lugares melhores para um idoso. “A população brasileira está envelhecendo e percebemos que o Brasil não tem um sistema que reúna as demandas dessas pessoas. Em alguns anos, precisaremos de reorientar as políticas públicas e esse estudo poderá sustentar as ações”, considera Fleury.

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