Pelo menos 90 pessoas vão parar no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, por mês, após a ingestão de produtos químicos. De janeiro a julho deste ano, a unidade prestou 633 socorros. A maioria dos pacientes envolvidos nos acidentes com intoxicação é formada por crianças de 1 a 4 anos.
O levantamento remete ao caso de um menino de 8 anos que bebeu soda cáustica dentro da sala de aula em uma escola de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), na última segunda-feira. O estudante segue internado no HPS em estado grave.
Conforme os dados da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), os casos mais comuns são de ingestão de água sanitária, com 363 atendimentos nos primeiros sete meses do ano.
Em seguida, aparece o consumo de soda cáustica, com 177 registros. A unidade hospitalar também fez o atendimento de pessoas que consumiram os ácidos clorídrico (50), fluorídrico (5), oxálico (4), cáustico não determinado (28) e creolina (6).
Em casos de ingestão de produtos químicos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (Ciatox-MG), do Hospital João XXIII, reforça que as pessoas devem ficar atentas aos procedimentos corretos.
O paciente deve ser levado o mais rápido possível a um serviço de saúde. A substância precisa ser informada: uma dica é tirar uma foto do frasco para mostrar ao médico.
Outras orientações importantes são jamais induzir vômitos, não beber leite nem oferecer alimentos ou água, pois o quadro do paciente pode ser agravado.
Caso de Lagoa Santa
O garoto de 8 anos ingeriu soda cáustica em uma escola municipal do bairro Palmital. Segundo a Prefeitura de Lagoa Santa, uma sindicância apura como o produto – que não é usado pela instituição – foi parar na sala de aula. O caso também é investigado pela polícia.
* Estagiário, sob supervisão do editor Renato Fonseca
Leia mais: