Deve ser concluído nesta terça-feira (30) o inquérito que apura a morte da médica Cristiani Moreira, que foi assassinada a facadas dentro de casa, em Contagem, na Grande BH, no último dia 21 de outubro. Essa é a expectativa do delegado Luciano Guimarães, da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, que deve ouvir nessa terça o namorado da médica, Welington Rodrigues Tavares, de 29 anos. Ele é apontado como o principal suspeito do crime, já que foi encontrado dentro casa com uma faca em punho e tentando se matar.

Ele foi preso e encaminhado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Contagem depois de ter ficado internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, já que também se feriu na ocasião da morte da médica. Cristiani foi enterrada em Ubá, na Zona da Mata, no dia 23.

O delegado Luciano Guimarães classificou o crime como bárbaro e destacou a intenção de concluir a investigação nesta terça. "A sociedade inteira clama por Justiça sobre esse crime bárbaro. Quero concluir ainda amanhã (30) depois de ouvir o Welington", afirmou. Ele deve ouvir ainda outras três pessoas entre esta segunda e terça.

O filho da médica, de apenas 12 anos, estava em casa no dia do crime e também foi ouvido pelo delegado na última quinta-feira (25). "Ele está bem na medida do possível, mas é muito complicado dar detalhes sobre o caso. Concluindo amanhã o inquérito, devo marcar uma coletiva para dar os detalhes de tudo", afirmou.

Weligton Rodrigues Tavares deverá ser ouvido nesta terça-feira (30), entre 9h e 10h, na Delegacia de Homicídios, no bairro Lagoinha, na região Noroeste.

O crime

Cristiani Moreira que completaria 41 anos no próximo dia 11 de novembro foi assassinada no domingo (21), em casa, na rua Andrômeda, no bairro Jardim Riacho das Pedras, em Contagem. Após uma briga com o companheiro, o estudante de direito Welington  Rodrigues Tavares, de 29 anos, foi esfaqueada pelo homem. O filho dela, de 12 anos, presenciou as agressões e tentou ajudar a mãe, mas foi agredido pelo padrasto com uma facada no braço. Ele ficou ferido, mas não corre risco de morrer.

A criança ainda teria tentado se esconder em um dos quartos junto com um colega durante a briga, conforme a polícia. Quando saiu do cômodo, encontrou a mãe sentada no corredor do apartamento com um corte profundo no pescoço. Já o padrasto estava com os pulsos cortados e gritava que a culpa do ocorrido era do enteado.

O garoto, mesmo abalado, conseguiu sair da residência e pedir ajuda a um vizinho e ao síndico. Quando os adultos entraram no local, encontraram o universitário no chão, com a faca em punho, tentando golpear o próprio peito. A polícia foi chamada e o suspeito levado para o hospital. A médica, que trabalhava em um posto de saúde, morreu dentro da ambulância de resgate.

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