Inquérito sigiloso aponta mais dois ex-policiais civis envolvidos no caso Bruno

Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
27/02/2013 às 06:46.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:23
 (Eugênio Morais/Hoje em Dia)

(Eugênio Morais/Hoje em Dia)

A seis dias do julgamento do goleiro Bruno Fernandes, acusado de ser o mentor da trama que terminou com a morte de Eliza Samudio, a Rede Record Minas e o Hoje em Dia tiveram acesso a um inquérito paralelo e sigiloso sobre o caso. Os cinco volumes comprovam a participação do policial civil aposentado José Lauriano de Assis, o Zezé, e de um ex-integrante do hoje extinto Grupo de Respostas Especiais (GRE), o policial Gilson Costa, na execução da modelo.

O inquérito foi feito pela delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, a pedido do promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, e deve ser anexado ao processo.

A nova investigação quebrou os sigilos bancário e telefônico do goleiro Bruno, do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e dos ex-policiais civis José Lauriano e Gilson Costa.

Um dos trechos do inquérito sigiloso mostra o cruzamento detalhado de contas de telefone dos envolvidos, em especial do goleiro. “Estabeleceu contato com os denunciados em diferentes, mas estratégicos momentos, ocasiões em que foram tomadas decisões importantes para o sucesso da empreitada criminosa”, consta no texto.

Além da intensa movimentação telefônica registrada em junho de 2010, período em que ocorreu o crime, o inquérito mostra que Bruno fez repasses de quantias significativas (R$ 80 mil e R$ 100 mil) para a conta de Macarrão.

No ano passado, o promotor já havia declarado que, após analisar detalhadamente o inquérito, não tinha dúvida da “plena participação” de Zezé na trama. O Hoje em Dia tentou contato, na última terça-feira (26), com os suspeitos, sem sucesso.

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