Integrantes de ocupações protestam no Centro de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (6), pelo fim dos despejos e pela abertura de negociações. Entre os manifestantes estão os moradores das ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, que vivem no terreno da Granja Werneck, no Isidoro, região Norte de Belo Horizonte.    Em seu blog, o representante da Brigadas Populares, Frei Gilvander, pede que o problema das ocupações "sejam tomados como tema de políticas públicas e não como casos de polícia". Segundo ele, cerca de 500 pessoas participam da manifestação. Além dos moradores do terreno da Granja Werneck e representantes da Brigadas Populares, participam do ato os integrantes dos movimentos sociais Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e Comissão Pastoral da Terra e ainda Associação dos Arquitetos Sem Fronteira Brasil e advogados do Coletivo Margarida Alves.   O trânsito na região se complicou. A princípio, o grupo se encontrou, pela manhã, na Praça da Estação e seguiu em protesto pela avenida dos Andradas a caminho da Praça 7. Por volta das 11h45 eles fecharam a avenida Afonso Pena com rua da Bahia no sentido do bairro Mangabeiras. Depois, marcharam até a rua Guajajaras e passaram pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.   Por volta das 13h, os protestantes foram para a porta da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, na rua Bernardo Guimarães, no bairro Santo Agostinho, onde aguardam por uma reunião com representantes do órgão e com a procuradoria do Ministério Público de Minas Gerais.   Reintegração de posse   O Comando de Policiamento Especializado (CPE) havia marcado o despejo dos moradores das ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança par ao dia 13 de agosto. Porém, na noite do dia 12 de agosto, o juiz da Vara Cível da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, Marcos Padula, determinou que a Polícia Militar não retirasse as famílias das ocupações que vivem no terreno da Granja Werneck.    A situação mudou novamente, quando a desembargadora Selma Maria Marques de Souza, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), suspendeu a liminar que determinava o cancelamento da ordem de despejo das famílias que ocupam a região do Isidoro, no Norte de Belo Horizonte. Parte do terreno é de propriedade particular e a outra é pública. Com a nova decisão da desembargadora, a reintegração de posse pode ocorrer a qualquer momento. Mas a nova data para desejo não foi remarcada até hoje pelo CPE.

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