As internações de pacientes com dengue dispararam 46% em Belo Horizonte. Em menos de quatro meses, 47 pessoas precisaram ser hospitalizadas só na rede pública. O aumento dos atendimentos é mais um alerta contra a doença transmitida pelo Aedes aegypti.
O combate aos focos do mosquito precisa ser urgente, destacam especialistas e autoridades. Dados parciais indicam 190 casos da enfermidade de janeiro a abril em BH. Ou seja, 25% dos doentes precisam ser internados. Não há mortes até o momento.
Além disso, outra preocupação diz respeito ao Levantamento Rápido de Índices para Aedes (LIRAa). O estudo identificou riscos em 1,9% dos imóveis pesquisados em BH. O Ministério da Saúde recomenda índices inferiores a 1%.
Conforme o Hoje em Dia tem mostrado, a dengue ficou longe dos “holofotes” em meio à pandemia da Covid-19. Em recente entrevista, o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio da Fonseca, reforçou que o combate ao mosquito não pode ser negligenciado.
“Obviamente, a dengue ficou em segundo lugar, primeiro porque o número havia caído, e segundo porque a gente tinha preocupações mais prementes e ainda temos em relação à Covid. Mas a gente nunca deve perder de foco o problema da dengue no Brasil e nos países tropicais”.
O professor do Departamento de Microbiologia da UFMG também lembrou que os ciclos epidêmicos da doença acontecem, em média, a cada três anos, o que aumenta a atenção para 2022.
Por nota, a prefeitura de BH informou as ações de vigilância às doenças transmitidas pelo Aedes são feitas todos os anos. Agentes de combate a endemias percorrem os imóveis reforçando as orientações à população. Drones também são usados para identificar criadouros do inseto.
A Secretaria Municipal de Saúde mantém a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume – o popular fumacê. A varredura é feita em áreas com casos suspeitos de transmissão local. Na capital, o último boletim indicava a região Nordeste no topo das notificações.
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