JUIZ DE FORA – Moradores de rua de Juiz de Fora começaram a ser retirados das principais vias centrais da cidade. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, cerca de 17 pontos já foram mapeados e deverão sofrer intervenção de agentes que encaminharão, até o dia 17 de julho, a população para abrigos e moradias alugadas pela administração municipal.

A Prefeitura calcula que são 800 moradores que vivem na região central. No entanto estimativa da Pastoral da População de Rua da Igreja Católica calcula que esse número chega a duas mil pessoas.

“A contagem da Prefeitura leva em consideração somente aqueles cadastrados nos programas sociais. Mas tem os que não procuram e nem aceitam qualquer tipo de assistência. Eles estão nas ruas e também fazem parte dessa estatística. Por isso, chegamos a esse número”, afirma o padre Danilo Celso de Castro.

O Hoje em Dia percorreu as principais ruas do Centro de Juiz de Fora e constatou a aparência jovem da maioria das pessoas que moram nas ruas. Muitos se aproximaram, na tentativa de conseguir um “trocado”, justificando que estão com fome e precisam de um “pão ou outra coisa para comer”.

No mesmo colchão

Na avenida Brasil, três homens e duas mulheres dividiam colchões às margens do Rio Paraibuna. Próximo ao Viaduto Augusto Franco, Wagner Aparecido Noronha, de 33 anos, preparava a sua refeição, macarrão com linguiça. Ele é de Serrania, no Sul de Minas, mas vive nas ruas de Juiz de Fora há três anos. “Aqui é uma cidade boa para morar. E não adianta me tirar da rua, porque eu gosto de liberdade”.