Juíza indefere pedido de defesa e Bola será julgado por morte de carcereiro

Do Portal HD*
05/11/2012 às 15:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:54
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues decidiu que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado nesta segunda-feira (5) pela morte de um carcereiro, ocorrida em 2000. Nesta tarde, após intervalo de uma hora, a magistrada indeferiu o pedido da defesa, que tentava transferir o julgamento para outra data. O júri estava previsto para começar nesta manhã, mas o advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães pediu o adiamento da seção alegando o não cumprimento de alguns prazos e de certas obrigações legais que deixaram de ser levadas em consideração.   Durante a manhã, o advogado expôs suas alegações para que o julgamento não fosse realizado. Na sequência, o procurador responsável pela acusação defendeu a não suspensão do julgamento. Com o indeferimento da juíza, o ex-policial será julgado por um conselho de senteça foramdo por cinco homens e duas mulheres.   Com a decisão, cinco testemunhas de defesa e outras cinco de acusações serão ouvidas pela juíza.   Adiamento   O julgamento de Bola já havia sido adiado uma vez. Em 24 de outubro deste ano, a juíza teve que transferir a data do julgamento, já que o advogado de defesa do réu não compareceu ao Fórum. Por isso ele foi multado pela Justiça de Minas Gerais em R$ 18.660, equivalente a 30 salários mínimos. Durante seu discurso, nesta manhã, ele pediu a anulação da punição.     Entenda o crime   O carcereiro foi assassinado em maio de 2000. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime teria ocorrido quando Bola, de dentro de um veículo, teria atirado contra o carcereiro - que estava em frente a um estabelecimento comercial onde também trabalhava. Há suspeita de que o crime tenha sido encomendado já que o acusado e a vítima não se conheciam, conforme o Ministério Público. Antes de agir, Bola teria ainda feito a observação do local onde o carcereiro trabalhava para tentar identificar a vítima. Bola foi reconhecido pela irmã do carcereiro depois de ter visto imagens do ex-policial divulgadas pela imprensa devido ao suposto envolvimento dele na morte da modelo Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. A mulher presenciou a morte do irmão.   Caso Bruno   O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola" é acusado de matar a ex-amante do goleiro Bruno a pedido do atleta. Os dois, além de Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Bola está preso no presídio de São Joaquim de Bicas, na Grande BH, desde 2010.O júri popular do processo que apura a morte de Eliza Samudio foi marcado para o dia 19 de novembro em júri popular também no Fórum de Contagem.   Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha"; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado.   Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.   O julgamento de Marcos Aparecido dos Santos pela morte de Eliza Samudio está marcado para o próximo dia 19 de novembro. O advogado dele disse acreditar na isenção dos jurados para julgar o caso sem fazer relações com o outro processo ao qual Bola responde como réu. "Acredito na isenção dos jurados, cada caso tem suas provas e deve ser analisado de forma separada".    *Com informações de Alessandra Mendes (Atualizada às 16h40)

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