Julgamento começa e defesa pede tempo para preparar goleiro Bruno antes de interrogatório

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
06/03/2013 às 13:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:37
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

O goleiro Bruno Fernandes foi convocado pela magistrada a entrar, sendo conduzido por três policiais militares até o banco dos réus. O promotor Henry Vasconcelos aparentava estar bem à vontade e seguro para esta quarta-feira (6). Ele ajeitou os cabelos, conferiu a posição dos óculos e buscou o melhor posicionamento na cadeira que ocupa ao lado da juíza. O atleta entrou cabisbaixo e pensativo. Há algum tempo, os advogados de defesa do goleiro tentam mostrar que o atleta é uma pessoa comum e não mais aquele homem sisudo e cheio de si.

O defensor dele, Lúcio Adolfo, prometeu declarações "bombásticas" sobre o depoimento do goleiro, mas já adiantou que o atleta não deve responder às perguntas da acusação - composta pelo representante do Ministério Público, o promotor Heny Vasconcelos e pelos assistentes de acusação, José Arteiro e Cidney Karpinski.

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Preparação

Os advogados de Bruno solicitaram à juíza um tempo para entrevistarem o cliente. A magistrada acatou ao pedido, mas determinou o prazo de 30 minutos de duração dessa conversa. Em seguida, ela ordenou que os três policiais militares que fazem a escolta do réu conduzissem o atleta para o lado de fora do salão do júri.

Entenda o caso   Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.    Acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, o goleiro Bruno está sendo julgado esta semana. Segundo a acusação, o atleta seria mandante do crime. Além dele, está sendo julgada também sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, que responde por sequestro e cárcere privado.   O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", é acusado de matar Eliza Samudio. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento de "Bola" está marcado para ocorrer no dia 22 de abril.   O ex-policial, o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro do ano passado, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado a 15 anos de prisão e Fernanda a cinco no regime aberto.   Além deles, ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e devem ser julgados em 15 de maio.

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