Julgamento de dois últimos réus do caso Bruno é retomado e Elenilson diz que é inocente

Hoje em Dia
28/08/2013 às 14:20.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:24

O julgamento dos dois últimos réus do caso Bruno foi retomado na tarde desta quarta-feira (28), após ser feito intervalo para o almoço. O júri é realizado no Fórum de Contagem, na Grande BH, e presidido pela juíza Marixa Rodrigues Lopes.   Os réus, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, de 26 anos, e Elenilson Vitor da Silva, de 29, são acusados do sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do goleiro Bruno Fernandes com Eliza Samudio. Se condenados, os amigos do goleiro podem ficar presos por até três anos.   O Conselho de Sentença é composto por dois homens e cinco mulheres. Entretanto, após o sorteio do conselho, o julgamento foi suspenso até que uma testemunha de defesa, Tayara Dimas, que não compareceu ao tribunal no começo da manhã, fosse localizada. Em seguida, todas as testemunhas foram dispensadas, com exceção de Tayara e do policial civil Silan Versiani, testemunha de acusação arrolada pelo Ministério Público. Porém, a testemunha de defesa que não compareceu foi achada e o julgamento retomado com o interrogatório do policial. Na sequência, os depoimentos prestados por Sirlan na fase policial e em plenário, em data anterior, foram lidos.   O policial afirmou que Elenilson não estava no sítio de Bruno quando foi feita a primeira diligência ao local. Entretanto, afirmou que viu Dayanne no sítio e com a criança, quando ela teria entregado o bebê para Wemerson e pedido que ele levasse o menino para um local seguro. Depois que o policial foi ouvido, a testemunha de defesa Tayara Dimas foi dispensada.   Os trabalhos no tribunal foram retomados com o interrogatório de Elenilson Vitor da Silva. O réu afirmou ser inocente e confirmou que viu o filho de Eliza no sítio no dia em que ele chegou ao local com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.    Entenda o caso   Segundo a denúncia, em 6 de junho de 2010, Bruno, "Macarrão", Fernanda Gomes de Castro, então namorada do goleiro, e Jorge Luiz teriam sequestrado Eliza e seu filho. Com a ajuda de Dayanne, Sérgio Rosa Sales, Elenílson Vitor e "Coxinha", eles mantiveram a vítima em cárcere no sítio do atleta, em Esmeraldas. Depois de seis dias de cativeiro, a vítima foi levada ao encontro de "Bola", que a asfixiou. O cadáver dela nunca foi encontrado.   Quatro pessoas já foram condenadas até agora. Entre os condenados estão "Macarrão", que deve cumprir 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado; Fernanda, que foi condenada a cinco anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho; o ex-goleiro Bruno foi sentenciado a 22 anos e três meses pelo homicídio triplamente qualificado e pela ocultação do cadáver de ex-amante, além do sequestro do próprio filho; e "Bola", que foi condenado a uma pena de 22 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado e por ocultação de cadáver. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi a única a ser absolvida das acusações.

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