Julgamento dos seis militares acusados de tentativa de assassinato deve durar até quarta

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
Publicado em 14/07/2014 às 19:30.Atualizado em 18/11/2021 às 03:23.
 (Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)
(Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)
Deve se estender até a próxima quarta-feira (16) o julgamento de seis policiais militares acusados de tentativa de homicídio contra três pessoas em fevereiro de 2004 durante um cerco policial na rodovia MG10, próximo a Pedro Leopoldo, na região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas foram atingidas após uma perseguição a suspeitos de um roubo. A comerciante Ana Paula Nápoles Silva, de 27 anos, foi baleada na nuca e morreu. Após decisão do Tribunal de Justiça, ficou definido que, não sendo possível determinar qual dos projéteis atingiu a comerciante, os réus devem responder pelo crime de tentativa de homicídio.
 
O julgamento começou na manhã de desta segunda-feira (14) e, até o fechamento desta matéria, ainda estava acontecendo. Durante todo o dia foram ouvidas testemunhas que estavam no local no momento do tiroteio. As pessoas não souberam precisar de onde os tiros partiram, já que o local estava escuro. O que algumas pessoas que estavam no carro da comerciante alegaram é que eles foram parados pelos militares que os obrigaram a descer do veículo, mas não informaram para onde deveriam ir e não deram nenhuma proteção para o grupo.
 
Familiares de Ana Paula acompanham o júri popular que acontece no Fórum de Vespasiano, na região metropolitana. Apesar de o crime ter ocorrido há 10 anos, o pai da vítima ainda tem esperança em uma condenação dos culpados. “Espero que depois de todo esse tempo a justiça seja feita. Acredito que a própria Polícia Militar não queira ter esse tipo de gente fazendo parte da corporação”, afirmou José Adílson da Silva, de 66 anos.
 
Os trabalhos serão retomados na manhã desta terça-feira (15). Os policiais Renato Loscha, Claudinei Cassemiro, José Luiz da Silva, Marcílio Ramos Júnior, Robson Balbino Leonardi e Edson Simonal Martins respondem pelo crime em liberdade. 
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