Um juiz de Belo Horizonte determinou a prisão preventiva do policial militar que matou um motorista após uma suposta briga de trânsito, na manhã da última sexta (2), na avenida Teresa Cristina. Em sua decisão, o juiz Pedro Camara Raposo Lopes entendeu a presença da periculosidade concreta do policial, argumentando que "incidentes como este vêm ocorrendo diuturnamente e cumpre aos agentes públicos comportamento exemplar a fim de contribuir para o término dessa barbárie que virou a circulação viária”, escreveu.
Para o juiz, o policial, que estava de folga e acompanhado da mulher, deveria ter sido mais cauteloso na abordagem ao empreiteiro Anderson Cardoso Inácio, 48 anos, morto com um tiro no tórax. “Ao autor dos fatos, policial militar experiente e já nos estertores de sua vida funcional, acompanhado de sua esposa, cumpriria redobrada cautela", disse o juiz.
Em sua defesa, o policial afirmou ter atirado por acreditar que o outro motorista estivesse se preparando para assaltá-lo. Após atirar no empreiteiro, o homem se entregou e está preso desde sexta-feira (2) no 13º Batalhão da Polícia Militar. Com a determinação de prisão preventiva, não há previsão para que ele saia da cadeia.
Esse é a segunda morte atribuída ao militar, que está na profissão há 27 anos. Na década de 1990, ele foi condenado por um homicídio na cidade de Cruzília e cumpriu pena de reclusão. Ambos os crimes foram cometidos enquanto ele estava de folga.
O homicídio de sexta-feira (2) ocorreu na avenida Teresa Cristina, no encontro com a Via Expressa, região Oeste da capital. A avenida foi interditada na altura do viaduto da Amazonas e o trânsito ficou caótico na região.