Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de matar mãe e filho em BH

Renata Evangelista
Publicado em 31/07/2019 às 12:35.Atualizado em 05/09/2021 às 19:47.

A Justiça mineira decretou, na manhã desta quarta-feira (31), a prisão preventiva do homem acusado de ser o autor dos assassinatos de Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e do filho dela, o estudante de direito Gabriel Peres de Paula, de 22 anos. O duplo homicídio foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram um homem apontando a arma e atirando nas vítimas.

O crime aconteceu na noite de segunda-feira (29) e, nesta madrugada, a Polícia Civil solicitou o pedido de prisão. "A medida se justifica por ser essencial para as investigações. Além disso, após a morte da ex-namorada e do filho dela, o principal suspeito desapareceu", informou a instituição.

O pedido foi analisado e acatado pelo juiz de plantão Ricardo Sávio de Oliveira, que determinou a reclusão imediata do homem. O suspeito está sendo procurado nos endereços que costumava frequentar e, caso não seja localizado em nenhum deles, já será considerado foragido.

Em nota, a Polícia Civil disse que equipes do Núcleo Especializado na Investigação de Feminicídio estão empenhadas em capturar o suspeito. Ele fugiu logo depois do crime. O inquérito para apurar a dinâmica, motivação e a autoria do crime foi instaurado.

Despedida

Familiares e amigos de Tereza Cristina e Gabriel Peres prestam as últimas homenagens para os dois. Mãe e filho estão sendo velados no Cemitério da Paz, no bairro Caiçaras, região Noroeste da cidade. O sepultamento está previsto para às 16h, na mesma necrópole.

A mulher, que trabalhava como agente de combate de endemias em BH, e o jovem estudante foram mortos com tiros à queima roupa quando voltavam da academia, no bairro Ipiranga. 

Histórico de violência

Desde 2017, Tereza Cristina Peres de Almeida, que trabalhava como agente de combate de endemias, foi pelo menos cinco vezes à delegacia denunciar o companheiro por ameaças e agressões. Neste período, por três vezes a Polícia Civil pediu à Justiça medidas protetivas. Em março deste ano, devido à reincidência das ameaças e agressões, foi solicitada a prisão preventiva do homem, que foi negada pela Justiça. 

Para justificar a negativa, a juíza Maria Aparecida Teresa Consentino, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, alegou que o único pedido feito pelas delegadas que atuavam no caso foi por difamação, já que o suspeito divulgou fotos íntimas da ex-namorada em um perfil falso na internet. A magistrada explicou que para o crime de difamação não cabe prisão.

A polícia rebateu e garantiu que o inquérito solicitava a prisão do suspeito por ameaça, que é passível a reclusão, e que o crime de difamação foi citado no inquérito para reforçar a periculosidade do suspeito. "A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o pedido de prisão preventiva foi embasado em procedimento relacionado às investigações de crimes de ameaças, distribuído em 22 de março de 2019", declarou a insituição, por meio de nota.

Procurada, a juíza ainda não se pronunciou sobre os argumentos da Polícia Civil. 

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