O pedreiro mineiro acusado de matar a suposta amante, a cunhada e a companheira dela em fevereiro de 2016 em Portugal tornou-se réu no inquérito que apura o caso. A Justiça Federal em Minas, onde o processo está sendo analisado, informou que aceitou a denúncia contra Dinai Alves Gomes.

Todas as vítimas - Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, as irmãs Michele Santana Ferreira, de 28, e Lidiana Neves Santana, de 16 - eram mineiras da região do Vale do Mucuri.

Conforme a Justiça Federal, o homem vai responder por triplo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e roubo. Ele é mineiro do município de Araçuaí e trabalhava em Vila Cascais, Portugal à época do crime.

Nos próximos trâmites do processo, o réu terá dez dias, após ser oficialmente notificado, para apresentar defesa preliminar. Depois, o juiz deve marcar audiência para interrogatório de testemunhas e do próprio acusado. Como algumas testemunhas moram em Portugal, elas serão ouvidas por videoconferência.

Feminicídio

O crime aconteceu em Tires, no distrito de Cacais, em Portugal. Segundo o Ministério Público Federal, o acusado matou Thayane e Lidiana para assegurar a execução de outro crime, o homicídio da também brasileira Michele, suposta amante dele. O objetivo era evitar que a companheira do pedreiro no Brasil descobrisse o relacionamento extraconjugal.

Depois dos homicídios, o réu veio para Minas Gerais, onde foi preso. Ele está recluso na preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde o dia 5 de setembro do ano passado.

O feminicídio, que é crime hediondo, tem pena prevista de 12 a 30 anos. A ocultação de cadáver tem pena de 1 a 3 anos e o roubo, pena de 4 a 10 anos.

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