Justiça nega pedido de anulação do julgamento de "Macarrão" e Fernanda

Thaís Mota - Do Portal HD
16/01/2013 às 15:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:41
 (Montagem/Arquivo Hoje em Dia)

(Montagem/Arquivo Hoje em Dia)

A Justiça negou, na tarde desta quarta-feira (16), o pedido de anulação do julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes de Castro. Os réus foram condenados em novembro do ano passado pelo sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. 

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) entendeu que os advogados que entraram com o requerimento de cancelamento da sentença não tinham direito de escolher participar de apenas parte do julgamento. Além disso, o relator do recurso, desembargador Doorgal Andrada, afirmou que os defensores não foram impedidos de atuar, mas abandonaram o plenário por livre e espontânea vontade, deixando o réu sem defesa.

O pedido de anulação foi feito pela equipe de defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", que deixou o plenário do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ainda no primeiro dia de julgamento.

Com a manobra, os advogados conseguiram o desmembramento do julgamento de "Bola", adiado para março deste ano, e entraram com uma habeas corpus pedindo o cancelamento dos atos praticados na ausência deles.
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Juíza ordena quebra de sigilo do goleiro Bruno Fernandes   Os defensores alegaram que foram impedidos pela juíza Marixa Fabiane Lopes, que presidiu o julgamento, de participarem do Conselho de Sentença que definiu que os réus seriam condenados pelo desaparecimento e morte da ex-modelo. Mas a Justiça entendeu que ao abandonar o júri, a defesa de "Bola" perdeu o direito de participar das decisões sobre os demais réus.   O julgamento   Inicialmente com cinco pessoas no banco dos réus, o julgamento do caso Bruno terminou com apenas dois julgados e condenados pelo desaparecimento de morte da ex-modelo, Eliza Samudio. Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão" e Fernanda Gomes de Castro foram condenados após cinco dias de júri e pegaram 15 anos de prisão e cinco anos em regime aberto, respectivamente.    Já o goleiro Bruno Fernandes, réu principal do caso, além do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", e a ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, conseguiram o desmembramento do processo por meio de várias manobras jurídicas e serão julgados apenas em março deste ano.    Entenda o Caso Bruno   Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje. Na última quarta-feira (15), a justiça determinou que seja emitido o atestado de óbito da ex-amante do goleiro Bruno.   O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é acusado de matar a ex-amante do goleiro Bruno a pedido do atleta. Ele e o jogador respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento dos dois e da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, está marcado para o dia 4 de março de 2013. Eles tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado em 15 anos de prisão e Fernanda em cinco no regime aberto.    Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha"; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado.

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