Caso Ian

Justiça quer saber se pai e madrasta mantiveram contato ilegalmente enquanto estavam presos

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
10/05/2023 às 10:31.
Atualizado em 10/05/2023 às 10:47
 (Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

A Justiça de Minas Gerais determinou uma investigação para apurar se o pai e a madrasta do menino Ian Rocha de Almeida, que morreu em janeiro deste ano em decorrência de um traumatismo craniano, mantiveram contato ilegalmente enquanto estavam presos. Os dois réus participaram da primeira audiência de instrução ontem (9). Treze testemunhas foram ouvidas durante as 12 horas de oitiva, que terminou por volta de 2h. 

Conforme a assessoria do Fórum Lafayette na manhã desta quarta-feira (10), os presídios vão entregar a lista de pessoas que visitaram os acusados para apurar a denúncia de comunicação clandestina entre os dois. 

Ainda não há data para uma nova audiência, que será marcada a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), onde novas testemunhas serão ouvidas. Os depoimentos do pai e da madrasta também devem acontecer nas próximas fases do julgamento. 

Relembre o caso

Ian morreu em 8 de janeiro deste ano, no Hospital Risoleta Neves, em BH. A madrasta e o pai da criança foram indiciados por homicídio doloso duplamente qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por violência. O casal foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Segundo as investigações da PC, exames médicos apontam que a madrasta golpeou o menino por trás, com um objeto contundente, não identificado. Ao acertar a nuca da criança, ocorreu uma lesão muito extensa, desde a base da coluna cervical até o meio da cabeça.

A Polícia descobriu ainda que o pai de Ian não estava no imóvel no momento das agressões, mas foi indiciado pela prática dos mesmos crimes. De acordo com as apurações, ao chegar em casa, em 8 de janeiro, Márcio encontrou Ian inconsciente e vomitando no sofá. Ainda assim, ele demorou cerca de três horas para socorrer o filho, que chegou ao hospital Risoleta Neves em estado de coma. Ian teve duas paradas cardiorrespiratórias e morreu dois dias após a internação.

Ian era vítima frequente de agressões e que a família vivia em uma situação corriqueira de maus-tratos. O casal também costumava inventar histórias para a mãe de Ian para disfarçar as agressões recorrentes.

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