Nem o endurecimento das punições previstas na Lei Seca - que dobrou o valor da multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 -, tem inibido belo-horizontinos de assumir o volante depois de beber.
Levantamento feito pelo Hoje em Dia no twitter “Sou Pela Vida. Dirijo Sem Bebida”, local da rede onde a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) publica balanços de blitzes diariamente, mostra que de um mês para cá, quando a legislação mais rígida entrou em vigor, 60 motoristas foram flagrados com teor alcóolico acima de 0,34 mg por litro de sangue, o que caracteriza crime de trânsito e rende multa e recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Multa e apreensão
No período, outros 104 motoristas cometeram infração, que ocorre quando o teor alcoólico varia entre 0,14 e 0,33 mg/l. Para esse caso, também há multa e apreensão da carteira.
Ao todo, na capital, de 20 dezembro até o útimo sábado, 19, foram feitas 4.810 abordagens na blitz da Lei Seca; 34 motoristas se recusaram a soprar o bafômetro e 25 foram flagrados dirigindo sem habilitação.
Com as novas regras, autoridades policiais, a partir de observações e uso de imagens e vídeos, podem atestar que a pessoa dirige sob efeito de álcool. Provas além do bafômetro - como testes clínicos e testemunhos de policial ou terceiros – podem ser usadas para indicar a embriaguez.
A nova Lei Seca também aumenta a pena e os valores das multas. Eleva de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 o valor para quem for pego embriagado ao volante. Caso o motorista seja reincidente no mesmo ano, a multa dobra, passando a R$ 3.830,80, e a carteira de habilitação e os documentos do carro são apreendidos.