Ailton Krenak

Líder ativista é o novo ocupante de cadeira na Academia Mineira de Letras

Da Redação
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Publicado em 28/02/2023 às 14:15.
Ailton Krenak, novo ocupante de cadeira na Academia Brasileira de Letras (Neto Gonçalves/Divulgação)

Ailton Krenak, novo ocupante de cadeira na Academia Brasileira de Letras (Neto Gonçalves/Divulgação)

O filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista, líder ativista da causa dos povos originários Ailton Krenak é o novo integrante da Academia Mineira de Letras (AML). Ele toma posse da cadeira nº 24 em cerimônia no próximo dia 3, restrita a convidados, na sede da entidade Ailton Alves Lacerda Krenak nasceu no município mineiro de Itabirinha, em 1953.É professor doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde leciona nos cursos de pós-graduação, e pela Universidade de Brasília. A cadeira nº 24 foi fundada por João Lúcio e tem como patrona Bárbara Heliodora. Já foi ocupada por Cláudio Brandão, Henrique de Resende, Sylvio Miraglia e Eduardo Almeida Reis. Sobre o novo acadêmico diz o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares: “A posse de Ailton Krenak é um momento privilegiado para celebrar a potência de sua literatura. Seus livros são traduzidos para vários países, alcançando uma legião imensa de leitores em várias partes do mundo. A trajetória de Ailton Krenak em defesa dos povos originários, de sua cultura e de sua arte é admirável. A sua eleição foi, ainda, um gesto de reverência da Academia Mineira de Letras à inestimável contribuição que os indígenas do Brasil deram e continuam dando ao desenvolvimento da cultura nacional”. Sobre o novo acadêmico Em 1985, Ailton Krenak fundou a organização não governamental "Núcleo de Cultura Indígena". Esteve presente a sessões da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Federal de 1988, quando protagonizou uma das cenas mais marcantes dessa Assembleia: em discurso na tribuna, pintou o rosto com a tinta preta do jenipapo, segundo o tradicional costume indígena brasileiro, para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos dos povos indígenas brasileiros. Ainda em 1988, foi um dos fundadores da União dos Povos Indígenas. Entre seus livros, editados em mais de treze países, estão "Encontros", organizado por Sérgio Cohn (2015), "Ideias para adiar o fim do mundo" (2019), "O amanhã não está à venda” (2020), "A vida não é útil" (2020) e "Lugares de Origem", com Yussef Campos (2021), “Futuro Ancestral” (2022).  “O Eterno Retorno do Encontro” foi publicado no livro “A Outra Margem do Ocidente”, organizado por Adauto Novaes (2020). Leia mais: 

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