Não cumprimento de horários, recusa de passageiros nos pontos e o péssimo estado de conservação dos veículos são as principais reclamações dos usuários do transporte rodoviário metropolitano em Minas. Neste ano, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) recebeu 3.422 reclamações de passageiros insatisfeitos com os coletivos que, pelo valor que pagam (as passagens custam entre R$ 3 e R$ 4), mereciam mais conforto.

A linha de ônibus campeã de reclamações é a 2290, que sai do bairro Nacional, em Contagem, na Grande BH, e passa pelo centro da capital. Primeiro lugar em 2011, a linha 6260 (BH/Veneza) está em terceiro em 2012, por enquanto.

As reclamações são feitas por meio da Central de Atendimento Telefônico do Governo de Minas, a LigMinas (155). O problema é que a chamada gratuita é acessível apenas por telefone fixo. Quem utiliza celular deve discar o número (31) 3303-7999, que é pago. Segundo a Superintendência de Imprensa do Governo, a previsão é de que o 155 esteja disponível também por celular até agosto. O DER-MG também recebe reclamações pelo e-mail atendimento@der.mg.gov.br.

Moradora do bairro Monte Carlo, em Santa Luzia, a operadora de telemarketing Karina Benchinol, 34 anos, pega todos os dias o ônibus 4260 (Duquesa/BH), para trabalhar na capital. “Uma vez um dos ônibus estragou ao chegar no ponto e não mandaram outro para substituí-lo. Ficamos sem transporte”, contou.

Em operação realizada na segunda-feira pelo DER-MG, 48 veículos das empresas Territorial, Rodap e Expresso Santa Luzia, que detêm a concessão do serviço, foram retirados de circulação.

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