(Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Belo Horizonte vem conseguindo manter abaixo de 1 o Índice de Infestação Predial (IIP) de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus zika. Atualmente, o IIP da capital está em 0,6, considerado satisfatório, segundo o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta quarta-feira (25) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Por outro lado, o número de ovos do inseto apresentou crescimento em outubro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que pode representar risco de novos casos nos próximos meses, caso os ovos eclodam e consigam chegar à fase adulta.
Em outubro de 2014, as armadilhas espalhadas pela cidade (ovitrampas) registraram menos de 20 ovos, cada. Neste ano, o total foi superior a 60. A situação mais alarmante é a da região de Venda Nova, que apresentou 48,5% de positividade de ovitrampas, no mês passado.
Alerta
Segundo o secretário de Saúde de BH, Fabiano Pimenta, é importante que o cenário atual, relativamente tranquilo, não leve à redução das ações de combate ao mosquito. "No período seco, por exemplo, a população acaba se descuidando dos criadouros, o que pode ter levado a esse aumento de ovos", afirma.
Conforme o LIRAa, o município tem, hoje, 15.430 casos confirmados de dengue. A maior parte deles está na região Norte (3.031), seguida da Noroeste (2.805), Barreiro (2.789), Nordeste (1.635), Oeste (1.370), Venda Nova (1.163), Pampulha (1.100), Leste (1.031) e Centro-Sul (488) - 17 casos são considerados de região "ignorada".
Outras ameaças
Belo Horizonte não tem registros de pacientes com zika e apenas dois casos importados de chikungunya neste ano (contraídos fora de Minas Gerais). Por precaução, equipes de Saúde da capital já estão recebendo treinamentos para se atentarem aos sinais das duas doenças, facilitando a identificação e o controle.
A gerente de Vigilância em Saúde da SMSA, Maria Tereza da Costa, reforça a importância de os pacientes com sintomas buscarem ajuda de especialistas. "Se houver suspeita, deve-se procurar atendimento e relatar, também, se esteve em um dos Estados com casos confirmados de zika e cikungunya", reforça.