Lojistas acuados (re)agem por conta própria na Zona Sul de BH

Renata Galdino - Hoje em Dia
23/01/2014 às 08:41.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:32

(Luiz Costa)

A onda de arrombamentos e assaltos na Savassi, na zona Sul da capital, faz com que comerciantes adotem medidas de segurança para evitar a ação de criminosos. Instalação de alarmes e botão do pânico nos estabelecimentos, por exemplo, são recursos usados pelos empresários.

Das nove câmeras do Olho Vivo na região, cinco estão com defeito. A base móvel da Polícia Militar (PM) que ficava na Praça da Savassi não faz mais ponto com frequência no local. “Só não contratamos um segurança particular para o quarteirão porque o custo é muito alto”, diz Leandro Melo, dono de um restaurante mexicano na rua Antônio de Albuquerque.

Aberto há três anos, o comércio foi arrombado duas vezes desde 2012. “Do segundo semestre de 2013 para cá, a coisa piorou. Bares, restaurantes e lojas estão sendo invadidos com frequência. Por isso, há cinco meses, resolvi me precaver”, conta Leandro, que recorreu a um alarme e ao botão de pânico. O segundo, quando acionado, emite um alerta para uma central particular de segurança.

A poucos metros dali, quatro funcionárias de uma loja de roupas foram assaltadas em plena luz do dia, em dezembro. À gerente, um dos bandidos mostrou a arma. Há menos de duas semanas, um dos criminosos voltou ao local e levou mais peças. “Falei com os policiais que identifico o suspeito se me mostrarem as imagens do Olho Vivo aqui da frente. Mas até hoje nada”, diz uma das vítimas, que pediu anonimato.

O equipamento, porém, estava com defeito e foi religado apenas recentemente. O chefe do Centro de Tecnologia em Telecomunicações da PM, tenente-coronel Humberto Salles Cordeiro, reconhece que oito câmeras deram problemas nos últimos meses. “Agora são cinco e estamos trabalhando para resolver. Elas foram instaladas entre 2004 e 2006 e são passíveis de defeito com tanto tempo de uso”.

A previsão é a de que três câmeras queimadas desde outubro do ano passado sejam substituídas até fevereiro.

“Esse é o prazo para a empresa vencedora da licitação fazer a troca. Um dos aparelhos, que está com problema na fibra ótica desde 26 de dezembro, espera a manutenção da Prodabel. Outro equipamento está sem energia elétrica desde novembro e aguarda a resolução pela Cemig”, disse o militar.

ÀS MOSCAS

Na tarde da última quarta-feira (22), o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Bruno Falci, esteve na Praça da Savassi. “Foram 30 minutos em que eu não vi policiamento”, afirmou. A entidade encaminhou dois ofícios à PM pedindo reforço no efetivo na região e a solução para os equipamentos.

O Hoje em Dia tentou falar com o major Carlos Alves, comandante da 4ª Companhia do 1º Batalhão, responsável pelo patrulhamento na área, mas ele não foi localizado pelo celular. 

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