A Polícia Civil indiciou por homicídio doloso, por motivo fútil e ocultação de cadáver, a mulher de 23 anos suspeita de ter jogado o próprio bebê recém-nascido em um córrego de Três Pontas, no Sul de Minas. Se for condenada, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.
O resultado do exame de necropsia comprovou que a criança nasceu viva e morreu por asfixia. Durante o depoimento, a mãe afirmou que o filho havia nascido morto.
Segundo o delegado Gustavo Gomes, responsável pelo inquérito, não há como determinar a forma com a suspeita agiu, se por ação, bloqueando as vias aéreas do bebê, ou por omissão, negligenciando os primeiros cuidados com a criança.
"Nenhuma das hipóteses afasta a responsabilidade da suspeita sobre o crime cometido. Tudo indica que ela agiu sozinha", afirmou o delegado.
As investigações concluíram que a suspeita entrou em trabalho de parto na madrugada de 31 de março e teve a criança no banheiro de casa.
Depois de matar o bebê, a mãe teria colocado o corpo dele em um saco de lixo e jogado no córrego, próximo de casa. Ela também teria escondido a gravidez da família.
A suspeita fugiu depois da repercussão do caso na cidade. Ela seguia de ônibus para São Paulo (SP) quando foi presa em Bragança Paulista (SP), em 4 de abril, pela Polícia Rodoviária Federal.
Na ocasião, a mulher disse à Polícia que a gravidez era indesejada e que a família não tinha conhecimento de nada. Segundo ela, o pai da criança sabia da gravidez, mas o casal não tinha relacionamento estável.
Na casa onde a mulher morava, policiais encontraram roupas sujas de sangue, que foram apreendidas, e remédios para enjoo.
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