Polícia penal

Mais de 230 cães farejadores são utilizados em operações contra o tráfico em presídios de Minas

Animais também realizam função de guarda e manutenção da ordem em unidades prisionais do Estado

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 31/05/2024 às 10:53.Atualizado em 31/05/2024 às 11:04.
Animais também realizam função de guarda e manutenção da ordem em unidades prisionais do Estado (Tiago Ciccarini / Sejusp)
Animais também realizam função de guarda e manutenção da ordem em unidades prisionais do Estado (Tiago Ciccarini / Sejusp)

O Grupo de Operação com Cães do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (GOC) conta com 37 canis espalhados nas mais diversas regiões do Estado e 234 cachorros de diferentes raças para o exercício das funções de detecção de substâncias ilícitas, além de guarda e proteção.

“Os cães potencializam qualquer operação. Bem treinados, chegam a ser oito vezes mais eficientes do que uma equipe de busca”, destacou o coordenador do GOC, Ivo Martins.

Em Minas, cada cão tem um policial cinotécnico de referência, ou seja, um especialista em treinamento de cães para atividade policial. Por isso, possuem rotinas personalizadas que variam de acordo com raça, idade e reação aos comandos.

Os horários de treino são alternados para evitar a criação de dependências e garantir a constante disposição dos cachorros. Um cão submetido a essa rotina permanece saudável e desenvolve alto desempenho durante os oito anos estimados de atividade.

Além desses cuidados, desde 2019, o Grupo de Operação com Cães implementa programas de melhoramento genético para selecionar animais com características físicas e cognitivas desejadas.

Treinamento

O treinamento imposto para os cães de faro é realizado com micro partículas de odor específico (Nose-Mp). Esse método utilizado para detecção de drogas envolve a preparação de micropartículas que contêm o odor da droga alvo.

Os cães são expostos a essas partículas em um ambiente controlado, onde aprendem a associar o cheiro da droga a recompensas positivas, como petiscos ou brinquedos.

Durante o treinamento, partículas são escondidas para simular situações reais e melhorar a precisão na detecção. Esse método garante que os cães estejam preparados para identificar drogas em ambientes complexos.

Destaque nas buscas contra drogas K

No início de maio, a Polícia Penal de Minas realizou a Operação K9 contra o tráfico de drogas sintéticas em prisões. Com 250 policiais e 12 cães, foram apreendidos 145 pontos de drogas K, celulares, carregadores e outras drogas.

A presença dos cães foi crucial para o sucesso da operação, e destacou a habilidade deles de conseguir identificar a presença de drogas da família K, conhecida por sua complexidade de detecção devido à falta de estudos sobre seus mecanismos de atuação.

*Com informações da Agência Mineira

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