Três prédios e 532 leitos hospitalares, distribuídos em unidades especializadas em oncologia, infectologia, pediatria e maternidade. Essa estrutura e esses serviços estão previstos no novo complexo de saúde que o Governo do Estado planeja construir na região Oeste de Belo Horizonte. O lançamento do projeto, que vai passar por consulta pública, está marcado para esta sexta-feira (6).
O complexo de saúde deve ser erguido entre a avenida Amazonas e a Via Expressa, ao lado da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Detalhes da iniciativa do Estado foram antecipados durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que contou com a participação de Renata Ferreira Leles Dias, presidente Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Conforme anunciado na ALMG, quatro hospitais deverão ter as atividades transferidas para o novo complexo: Maternidade Odete Valadares, Hospital Infantil João Paulo II, Hospital Eduardo de Menezes e Hospital Alberto Cavalcanti. A transferência deverá ser gradual, a partir do momento em que as novas instalações tiverem condições de receber pacientes.
O complexo de saúde será construído por meio de uma parceria público-privada (PPP), que também ficará responsável pela gestão dos serviços não assistenciais, enquanto toda a gestão dos serviços de saúde continuará sob a responsabilidade do Estado e o atendimento permanecerá integralmente ocorrendo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A transferência do Hospital Infantil João Paulo II, de acordo com os projetos do Estado, permitirá uma expansão do Hospital João XXIII. As demais unidades deverão ser cedidas para o governo federal ou para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
O cronograma informado por Renata Dias prevê que será lançado até o fim de 2024, já como uma etapa preliminar da licitação, uma consulta pública divulgada nos sites da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), da Fhemig e da Funed. Segundo ela, qualquer pessoa interessada poderá participar.
A publicação do edital para construção do novo complexo deverá acontecer no primeiro semestre de 2025. “No segundo semestre, devemos assinar o contrato e as obras devem começar em 2026. A previsão é que o complexo deverá iniciar suas atividades em 2029", afirmou Renata Dias.
Parte da obra será paga com dinheiro de acordo de reparação firmado com a Vale
Segundo ela, R$ 267 milhões para realização da obra são provenientes do acordo judicial firmado entre o Governo do Estado e a empresa Vale, relativos à reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Outros R$ 153 milhões são recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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