Mais de mil mineiros perderam a batalha contra a Covid-19 em apenas 15 dias. Nas últimas duas semanas, os óbitos provocados pela doença passaram de 4.948, em 26 de agosto, para 6.009, ontem. O Estado também viu o número de cidades “imunes” ao vírus reduzir ainda mais. Agora, apenas 11 municípios não têm moradores infectados.
Em meio a tantas tragédias familiares, com as mortes de pais, mães, filhos, netos e avós, a expectativa é de que o pior já teria passado. Recentemente, o Estado afirmou que há sinais de queda nos casos do novo coronavírus no território.
Tanto que, também ontem, houve a confirmação de desmonte do Hospital de Campanha, no Expominas, região Oeste de BH, devido à estabilidade na ocupação dos leitos na região metropolitana.
Fez o possível
O governador Romeu Zema (Novo) lamentou as vidas perdidas, mas destacou que Estado fez o possível. “Desde março, nós temos nos dedicado incansavelmente para a questão da pandemia. A prioridade sempre foi salvar vidas”, declarou.
Para o chefe do Executivo estadual, os números apontam que o pico de transmissão do vírus já passou. “Tudo indica que foi no mês de agosto”, disse.
Raio-x
Os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) mostram que 74 mortes por Covid foram confirmadas nas últimas 24 horas. Com relação aos doentes, Minas soma mais de 242.533 infectados.
Entre quarta e quinta-feira, 4.018 casos foram atestados. O balanço também mostra que 29.272 pacientes seguem em acompanhamento, internados ou em isolamento domiciliar. Segundo a SES, 207.252 mineiros são considerados “recuperados” da doença.
Belo Horizonte é a cidade mais afetada pela pandemia, com 1.080 mortes e 35.271 casos. Uberlândia, no Triângulo Mineiro, vem na sequência, com 22.172 infectados e 453 óbitos.
Dos 853 municípios mineiros, 842 tiveram pacientes diagnosticados com o vírus. Em 540 cidades o quadro clínico dos infectados evoluiu para óbito.
Mortes por Covid em Minas passam de 5 mil para 6 mil em apenas duas semanas
ALÉM DISSO
O Hospital de Campanha do Estado foi erguido para receber até 740 pacientes com Covid-19. O anúncio de que a <COLINK>estrutura será desmontada </CO>foi feito ontem pelo secretário de governo, Mateus Simões. A medida foi tomada após análise de que a ocupação dos leitos na região metropolitana está estável há duas semanas.
Camas e demais equipamentos serão remanejados para unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). “Não haverá perda de nada do que está ali”, garantiu Simões.
O Hospital de Campanha foi inaugurado em abril, mas somente em julho entrou em operação. No período, a unidade não realizou nenhum atendimento. A SES destacou que os leitos do espaço não foram utilizados porque jamais faltou vaga para as pessoas contaminadas com o novo coronavírus.