Está marcado para a próxima segunda-feira (14), o julgamento do norte americano Adrian Gabriel Grigorce e do policial André Luiz Bartolomeu, acusados de envolvimento no assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, no bairro Sion, em abril de 2010.
A sessão será realizada no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette e será presidida pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes. O Ministério Público será representado pelo promotor Francisco de Assis Santiago. A expectativa é de que sejam ouvidas 11 testemunhas, antes do interrogatório dos réus.
Três réus envolvidos nesses homicídios já foram condenados. Em setembro de 2013, Frederico Flores foi condenado a 39 anos de reclusão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação dos cadáveres e formação de quadrilha. Ao aplicar a pena, o juiz considerou a semi-imputabilidade atestada pelo laudo pericial e acolhida pelos jurados, e a confissão espontânea do acusado.
O ex-policial Renato Mozer, foi condenado a 59 anos de reclusão, em dezembro de 2011, e o estudante Arlindo Lobo a 44 anos de reclusão, em julho de 2013, ambos por homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha.
O processo referente aos acusados Sidney Benjamin e Luiz Astolfo está com júri marcado para 29 de setembro de 2014 e o processo referente à acusada Gabriela Costa está com júri marcado para 30 de outubro de 2014.
Entenda o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Arlindo e outros sete acusados teriam sequestrado e extorquido os empresários Fabiano Ferreira Moura e Rayder Santos Rodrigues. Após fazer saques e transferências de valores das contas deles, o grupo assassinou as vítimas e transportou os corpos no porta-malas do carro de uma das vítimas para a região de Nova Lima, onde foram deixados.
Ainda conforme a denúncia, os empresários estavam envolvidos em estelionato e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, de onde eram movimentadas grandes quantias de dinheiro. As atividades ilícitas chegaram ao conhecimento de Frederico Flores, líder do Bando da Degola, que passou a manifestar o desejo de extorqui-los e foi ajudado pelos demais acusados. Ao todo, oito pessoas foram presas por envolvimento no crime. (*Com TJMG)