(FELIPE COURI/ARQUIVO HOJE EM DIA )
JUIZ DE FORA – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ganhou mais espaço no processo seletivo das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), São João del-Rei (UFSJ) e Viçosa (UFV). As instituições da Zona da Mata querem fazer parte do sistema unificado de seleção proposto pelo Ministério da Educação a partir de 2013.
Na UFJF, o Enem passa a ser a única forma de ocupação de pelo menos 70% das vagas. Pela primeira vez, a UFSJ adota o critério como obrigatório na primeira etapa do vestibular. O mesmo acontece na UFV.
Em Juiz de Fora, a maior barreira vinha dos cursinhos pré-vestibulares. Eles se queixavam da “nacionalização” da prova e, por consequência, da “perda da identidade regional”.
Por outro lado, os defensores do Enem acreditam que essa característica vá promover a democratização do acesso às instituições, ao permitir que alunos de várias partes do país disputem as vagas com “equivalência de conhecimento”.
Dinheiro de todos
“As instituições são federais e financiadas com o dinheiro dos brasileiros, e não apenas com o de uma região”, defende o pró-reitor de graduação da UFJF, Eduardo Magroni. Os debates para a implantação do Enem em Juiz de Fora começaram em 2009. Na época, a escolha era opcional e enfrentou resistência nas escolas e nos cursinhos preparatórios, por abrir espaço para alunos de outros estados.
“Isso está começando a ocorrer em cursos muito concorridos, como medicina e direito. Acredito, porém, na tendência de os estudantes ficarem nas instituições mais próximas da cidade de origem”, diz Magroni.