Mais um processo por homicídios envolve "Bola" com policial

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
02/03/2013 às 08:07.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:30

(Eugênio Moraes)

O inquérito sigiloso que investiga a participação de mais um policial civil na morte de Eliza Samudio também deve ser usado pela promotoria de Esmeraldas, na Grande BH. A comarca é responsável pelo processo em que o policial Gilson Costa, outros dois colegas e Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, respondem pela morte de duas pessoas há cinco anos. O surgimento de mais um caso envolvendo Gilson e Bola pode ajudar a provar o vínculo dos dois no crime de Esmeraldas.

“Vou pedir uma cópia da parte do processo da morte de Eliza que envolve o Gilson para análise. É mais um indício da ligação entre os dois”, afirmou a promotora de Justiça de Esmeraldas, Mirella Giovanetti. O inquérito que investiga a participação de Gilson e Bola, que atuaram juntos no extinto Grupamento de Respostas Especiais (GRE), na morte de Eliza está sob responsabilidade do Departamento de Investigações, em Belo Horizonte.

As informações, que acabam ajudando também no processo de Esmeraldas, mostram inúmeros contatos telefônicos entre Gilson e Bola, além de transações bancárias reveladas por meio de quebra de sigilo. Outro policial citado nas investigações e que chegou a ser investigado pela morte de Eliza em 2010 é José Lauriano de Assis Filho, conhecido como “Zezé”.


Tempo hábil

Ele chegou a ser ouvido duas vezes no inquérito do caso Bruno, mas, segundo o chefe do Departamento de Investigações na época, faltou tempo hábil para o indiciamento de Zezé. “Ele está envolvido até o pescoço. Cheguei a pedir autos suplementares para provar isso, mas o pessoal não gostou”, afirmou o delegado Edson Moreira.

Sem explicar quem não teria gostado do pedido, Moreira ainda aponta falhas por parte do Ministério Público. “O MP achou que a denúncia contra o Zezé não seria conveniente, mas eu tenho certeza que, depois dessa investigação, ele será indiciado”. Os suspeitos ainda não foram ouvidos.

Pelo processo que corre em Esmeraldas, Bola e Gilson devem prestar depoimento ainda neste mês. Todas as testemunhas já foram ouvidas e, após a oitiva dos réus, deve ser marcada a data do julgamento. Dos quatro acusados, apenas Bola está preso em decorrência do assassinato de Eliza Samudio.

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