A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, foi banida dos estádios em São Paulo após emboscada contra a Máfia Azul, torcida do Cruzeiro, em que um cruzeirense morreu. A decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi publicada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta quarta-feira (30).
Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, “há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas”.
Na terça-feira (29), a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do presidente da Mancha, Jorge Luis Sampaio e mais cinco torcedores do Palmeiras, que estariam supostamente envolvidos no ataque aos cruzeirenses. A informação foi divulgada inicialmente pelo SBT.
A Polícia Civil chegou ao presidente da Mancha após analisar imagens divulgadas pelas redes sociais, câmeras de segurança próximas ao local da emboscada, na BR-381, na altura da cidade paulista de Mairiporã.
Além disso, a PC ainda rastreou o telefone celular do presidente, que dava conta que ele estava na região do crime. Ainda segundo a polícia, os criminosos usaram carros e motos particulares para deixarem o local.
A Civil acredita que a motivação da briga foi devido a briga ocorrida entre as duas organizadas, em 2022. Naquele ano, Jorge Sampaio foi agredido por integrantes da Máfia Azul e teve pertences levados pelos cruzeirenses, que exibiram o material na internet.
Nota do MPSP na íntegra
“Em portaria expedida nesta quarta-feira (30/10), a Federação Paulista de Futebol acatou recomendação do 1º promotor de Justiça de Mairiporã e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e proibiu a presença da torcida organizada Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde nas praças desportiva de todo o Estado de São Paulo.
No último domingo, um confronto entre integrantes da Mancha Alviverde, do Palmeiras, e da Máfia Azul, do Cruzeiro, resultou na morte de um torcedor mineiro e em diversos feridos.
O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, determinou que o GAECO entrasse no caso. "Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do GAECO", escreveu o PGJ em nota divulgada no fim de semana.”
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