Manifestação cobra resposta para morte de jornalistas no Vale do Aço

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
11/06/2013 às 21:22.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:02

IPATINGA – Depois de quase cem dias do assassinato do radialista da Rádio Vanguarda e repórter do Jornal Vale do Aço, Rodrigo Neto, de 38 anos, o caso permanece sem respostas. Para pedir agilidade nas investigações, jornalistas, parentes e amigos fizeram na noite desta terça-feira (11) uma manifestação no local onde foi executado, a avenida Selim José de Sales, em frente ao Churrasquinho do Baiano, de onde Neto saía antes de ser morto.    A manifestação foi organizada pelo Comitê Rodrigo Neto, formado por jornalistas de Ipatinga e região que cobram por resposta para este e também outros crimes ocorridos no Vale do Aço. Entre eles o assassinato do fotógrafo Walgney Carvalho, de 43 anos, morto dia 14 de abril, em Coronel Fabriciano. Carvalho trabalhava com Neto e especula-se que soubesse quem teria matado Rodrigo Neto, sendo morto por causa disso.    Lenços pretos foram distribuídos para serem amarrados a carros e velas foram acesas. O local do protesto foi decorado com balões e panos pretos, a mesma cor da camisa usada pelos manifestantes. Uma carta aberta foi distribuída à população. O jornalista Marcelo Luciano da Costa, membro do Comitê, acredita que o protesto servirá para cobrar respostas das autoridades que estão investigando o crime.   “Queremos uma resposta para a morte do Rodrigo Neto, pois ele era um jornalista que cobrava resultados de várias execuções no Vale do Aço e que acabaram caindo no esquecimento”, diz, pontuando que os assassinatos provocaram medo, insegurança, revolta e sensação de impunidade na população. Desde a morte de Neto, dia 8 de março, muitas manifestações, inclusive por organismos internacionais, foram feitas cobrando respostas mais rápidas para o caso.    Por meio de uma nota, a Polícia Civil informou que a prisão temporária de cinco suspeitos de envolvimento nos 14 crimes ocorridos no Vale do Aço, entre eles, os casos que tiveram como vítimas os dois jornalistas, foram renovadas pela Justiça. De acordo com o chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessaoa, delegado Wagner Pinto, as investigações continuam em curso, obtendo resultados satisfatórios.    Desde o início da apuração acerca dos crimes, oito policiais suspeitos de terem envolvimento com crimes na região foram presos, sendo seis civis e dois militares. Dos seis policiais civis, um médico-legista de Ipatinga foi solto.

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