Uma manifestação na tarde desta segunda-feira (8) no centro de Ipatinga, região do Vale do Aço, marcou um mês do assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria. A concentração aconteceu na Praça 1º de Maio e depois os participantes seguiram em caminhada até a sede da 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Com o slogan "Rodrigo Neto – Sua voz não vai se calar – Chega de impunidade!" representantes da imprensa, além de amigos, colegas de trabalho e familiasres do jornalista saíram às ruas cobrando justiça. “A manifestação cumpriu seu papel de lembrar um mês sem respostas sobre a autoria do crime. Contamos ainda com a presença de mães de vítimas de crimes que caíram no esquecimento e também aguardam resposta. Essa cobrança pela impunidade é muito importante, ela lembra algo que era muito natural no Rodrigo, que era clamar por justiça”, avaliou uma das coordenadoras do Comitê Rodrigo Neto, movimento formado por profissionais da imprensa com o objetivo de cobrar das autoridades a identificação e prisão dos autores do crime.
Nesta quinta-feira, membros do Comitê virão a Belo Horizonte para entregar um relatório sobre os diversos casos denunciados por Rodrigo Neto à ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal. Há cerca de 15 dias, a ministra esteve em Ipatinga, juntamente com o deputado estadual Durval Ângelo e deputado federal Nilmário Miranda, para participar de uma audiência pública sobre a execução do jornalista.
Relembre o crime
O jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros na madrugada do dia 8 de março, no bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.
Segundo a Polícia Militar, Rodrigo saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em direção a ele. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e ainda não foram localizados ou identificados.