Uma manifestante foi presa durante novo protesto em prol da redução do preço da passagem de ônibus em Belo Horizonte. O ato, intitulado de "2º Ato "Abaixou o custo, abaixa a tarifa!", começou no final da tarde desta quinta-feira (6) e os participantes se reuniram na Praça 7, no coração da capital mineira. No entanto, o grupo seguiu em passeata pela avenida Amazonas, Paraná, Praça da Rodoviária, Curitiba, Oiapoque, São Paulo e Caetés em direção à Praça da Estação. Nesse trajeto, os manifestantes ameaçaram "sacudir" ônibus na rua Caetés, além de provocar o fechamento de várias lojas.
De acordo com os militares do 1º Batalhão da Polícia Militar, a detenção foi por prática de desacato, uma vez que a presa, que é estudante, teria discutido com os policiais. Outras quatro pessoas foram abordadas e flagradas com maconha em meio ao ato. O quarteto também foi conduzido.
O protesto foi marcado por meio de evento criado no Facebook e teve exatas 1.007 confirmações de presença. No entanto, apenas em torno de 150 pessoas estão concentradas no obelisco.
Segundo os policiais, o grupo chegou a fechar, de forma alternada, o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, onde o trânsito ficou muito lento.
A manifestação foi organizada pela Assembleia Popular Horizontal (APH), por meio do movimento Tarifa Zero. Os participantes exigem a redução de R$ 0,05 no valor da passagem de ônibus em BH, em função da suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) das empresas de transporte público autorizada por meio de decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) no último dia 23.
Na página criada no Facebook para o evento, os organizadores afirmam que o cancelamento da taxa representa R$ 22 milhões a mais de lucro para as empresas de ônibus e ele exigem que esse valor seja repassado à tarifa cobrada do usuário do transporte público. Conforme cálculos do movimento, isso representaria menos R$ 0,05 no preço da passagem. No entanto, a prefeitura informou em nota que a "perda de receita, estimada em cerca de R$ 20 milhões por ano, será compensada com o aumento de receita esperado com a elevação de alíquota do Imposto Sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pela prefeitura em dezembro passado, e que entrará em vigor a partir do próximo mês de maio". Além disso, o órgão garantiu que nenhuma alteração no valor da passagem será feita, já que a mesma foi congelada, no último mês de dezembro, até o resultado final da auditoria realizada para a revisão do contrato de concessão do sistema de transporte. Ainda conforme a PBH, a redução no custo de operação das empresas de ônibus já está sendo considerado pela auditoria. (* Com Thaís Mota e Raquel Ramos)
Atualizada às 20h16.