Os prédios da Urbel, da Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais e a portaria da Prefeitura de Belo Horizonte foram ocupados, na manhã desta quarta-feira (2), por moradores de terrenos invadidos da capital, de Contagem e de Ribeirão das Neves. Eles cobram da Prefeitura e do Estado a regularização fundiária do terreno e serviços básicos para a população, como água, rede de esgoto e eletricidade. O movimento já dura mais de 13 horas.
O ato começou de forma pacífica, com a interdição de uma faixa da avenida Afonso Pena, que tumultuou o trânsito na cidade. Por volta das 18 horas, porém, o clima ficou tenso entre os manifestantes e a polícia, que impediu a entrada de comida para os que estavam dentro do prédio público.
Segundo Leonardo Pericles, membro do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), os militares chegaram a usar cassetetes, balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. "Não vamos sair enquanto não conseguirmos representantes da Prefeitura e do Estado para conversar com a gente e ouvir nossa demanda", informou. Cerca de 150 pessoas estão na Urbel e 200 no imóvel da AGE
O Hoje em Dia não conseguiu fazer contato com militares do Batalhão de Eventos que estão nesses locais. A assessoria de imprensa avisou não ter notícias atualizadas do movimento.
Em nota, o governo de Minas informou que está acompanhando o ato para garantir a integridade física dos envolvidos. A Prefeitura de Belo Horizonte, por sua vez, avisou que já ajuizou ações de reintegração de posse das áreas públicas e das áreas ambientais que foram ocupadas pelos manifestantes.
Integram o movimento moradores das ocupações Dandara, Eliana Silva, Rosa Leão, Esperança, Vitória, Zilah Spósito, Cafezal, Nelson Mandela, Camilo Torres, Irmã Dorothy e Jardim Getsêmani, de BH, Guarani Kaiowá, de Contagem, e Tomás Balduíno, de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana.