Manifestantes protestam pelas ruas do Centro de BH

Tatiana Moraes
Publicado em 15/06/2013 às 15:07.Atualizado em 20/11/2021 às 19:09.

O grito de “sem violência!” que ecoou nos protestos contra a má utilização do dinheiro público em São Paulo e diversas outras cidades do país chegou a Belo Horizonte. Na tarde deste sábado (15), cerca de 1,5 mil manifestantes se reuniram na Praça da Savassi e circularam por diversos pontos da cidade, parando o trânsito e pedindo por mais atenção dos governantes às questões como saúde, segurança, mobilidade urbana e meio ambiente. Ao final do protesto, que terminou na Praça das Estação, o grupo já acumulava 8 mil pessoas.

Líderes do movimento prometem fazer novo ato de oposição amanhã. Dessa vez, no entanto, a ação tende a ser mais incisiva. “Pediremos uma reunião com o prefeito e com o governador para conversar sobre o aumento das passagens de ônibus, em dezembro. Se nenhum deles nos atender, vamos radicalizar”, ameaça o vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Gladson Reis.
 

Manifestantes protestam nas ruas do Centro de BH

Protesto começou na Praça da Savassi e seguiu para a avenida Afonso Pena

Punição

Embora a manifestação de ontem tenha sido pacífica, a forma como foi conduzida feriu liminar expedida na última quinta-feira pelo desembargador Barros Levenhagen a pedido do governo Estadual. O documento proíbe que grupos protestantes bloqueiem vias públicas de acesso durante a Copa das Confederações. “Os manifestantes podem usar apitos, levantar cartazes, entoar gritos de repúdio. Só não podem bloquear as vias”, alertou a coronel Cláudia Romualdo, do Comando do Policiamento da Capital (CPC), no início da manifestação.

As orientações não foram acatadas, e o grupo seguiu pelas avenidas Cristóvão Colombo, João Pinheiro, Afonso Pena e Andradas, ocupando as duas mãos do trânsito em alguns trechos.

Conforme afirma o comandante do Policiamento Especializado da Polícia Militar, coronel Antônio de Carvalho, dois boletins de ocorrência serão gerados por causa do descumprimento da liminar. Os documentos serão encaminhados ao Ministério Público, que poderá pedir a autuação dos líderes do protesto à Justiça. “Filmamos, por meio das câmeras de vigilância da região, toda a ação do grupo e sabemos quem são eles”.

O comandante afirma que pelo menos oito já foram identificados. Se o caso chegar à Justiça, e os líderes responsáveis forem considerados culpados, a multa a ser paga poderá chegar a R$ 500 mil.

 

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