Cartazes nas janelas e aplausos da população marcaram o segundo dia de protestos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, nesta quinta-feira (20). A PEC 37, o número de ministérios do Governo Federal e criticas aos políticos do cenário nacional foram o enredo do movimento, que seguiu pacífico por toda a avenida Presidente Itamar Franco e parte da Rio Branco. Segundo a Polícia Militar, a marcha reuniu duas mil pessoas, que acordaram com a notícia de que o reajuste da passagem de ônibus, previsto para julho, foi adiado por tempo indeterminado pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB).
A previsão é que a tarifa passaria de R$ 2,05 para R$ 2,20. A medida, segundo o prefeito, foi possível devido ao fato de o Governo Federal ter zerado o imposto PIS/Confins para as tarifas de transporte coletivo, incluindo ônibus, trem e metrô. A licitação das concessões de transporte público coletivo também será realizada tão logo o Tribunal de Contas do Estado (TCE) libere o processo. Bruno assegurou ainda a participação da população nas discussões futuras sobre as planilhas de custo do sistema de transporte público.
Apesar de não haver incidentes, o trânsito ficou congestionado em várias ruas da região central da cidade. Agentes de trânsito da prefeitura e 230 policiais militares acompanharam a movimentação para controlar o tráfego e impedir tumultos. Até o início da tarde, a expectativa dos manifestantes era de seguir pela Rio Branco e rua Halfeld, coração da cidade, até o prédio da prefeitura. No entanto, os organizadores em reunião decidiram manter o mesmo percurso de segunda-feira.