(Maurício Vieira)
A Maternidade Leonina Leonor Ribeiro, em Venda Nova, na capital, deverá ser inaugurada no primeiro semestre de 2018. A informação foi confirmada ontem pelo prefeito Alexandre Kalil. O espaço foi construído como anexo à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Venda Nova, em 2009. No entanto, o hospital nunca abriu as portas.
A proposta da administração municipal é firmar uma parceria com o pronto-socorro Risoleta Neves, também na região, para que equipes do hospital comecem a fazer os primeiros partos na nova maternidade. A ideia foi apresentada em uma reunião, na última segunda-feira, entre ativistas do setor, a Secretaria Municipal de Saúde e a vereadora Nely Aquino.
Recomendação
Na semana passada, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou à Prefeitura de Belo Horizonte a abertura da maternidade. O documento, assinado pelo promotor Nélio Costa Dutra Jr., afirma que o espaço deve estar em pleno funcionamento no próximo ano. Além disso, foi solicitado um cronograma com a previsão de início das atividades e utilização de todo potencial assistencial em 2018.
“Fomos surpreendidos positivamente. Pensamos que não haveria verba para operacionalizar o serviço na maternidade. Serão disponibilizados recursos da Rede Cegonha e já foi negociado com o Risoleta Neves, que vai apoiar esse trabalho”, explica Polly do Amaral, do movimento Nasce Leonina. A vereadora Nely Aquino também comemorou o anúncio. “A expectativa é a de que agora o projeto saia do papel. Vai ser um espaço de referência em parto humanizado”, afirmou.
Proposta
A Leonina Leonor Ribeiro foi concebida para funcionar de acordo com conceitos obstétricos modernos de humanização do parto. No total, foram investidos no projeto cerca de R$ 4,9 milhões, sendo R$ 2,7 milhões destinados à maternidade (verba do Fundo Municipal de Saúde) e o restate à ala casa de parto (recurso do Tesouro).
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, BH tem 484 leitos obstétricos, considerando tanto a rede pública quanto a privada. Ainda segundo o órgão, a capital conta com 14 maternidades, sendo que metade delas ( Odilon Behrens, Risoleta Tolentino Neves, Sofia Feldman, Santa Casa, Hospital das Clínicas, Odete Valadares e Júlia Kubitschek) faz atendimentos pelo SUS.